1 - Normalidade

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" Estão colocando meu nome na lápide de novo
As flores estão frescas e os rostos molhados
Meu corpo morreu mas eu ainda estou viva
Olhe por cima do ombro, eu voltei dos mortos"

Death ~ Melanie Martinez


Luna Águila ~

(Dias atuais)

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(Dias atuais)

— Está no alto falante. Então, Jennie — rolei o volante entrando na rua a direita — Ainda está na Rússia?

Sim, Luna. Estou numa de nossas bases em Moscou. — disse minha amiga suspirando pesado, do outro lado da ligação. Parecia exausta e estressada. — Nós já cuidamos de metade dos nomes da lista, Luna.

— Já? Nem deu tempo deles tentarem se esconder — disse rindo — Cuide da outra metade logo e volte, tem muito trabalho para você aqui.

Mais? — perguntou rindo — Levo metade da máfia nas costas, a outra metade eu enterrei. — Diz me fazendo gargalhar. — Vou dar um jeito em tudo aqui. Fazer a limpa em Moscou. — E irá mesmo. Jennie é a responsável pelos soldados, a "equipe tática" da Águila. Sua equipe tem mais de 95% de taxa de mortalidade, indo contra tudo que falavam dela, "Uma mulher não pode comandar e treinar a equipe tática", segurei uma risada. Muitos que disseram isso estão mortos.

— Meu pai ficará satisfeito.

Conto com isso, Lunitta. — ouço uma porta batendo no outro lado da linha — Aqueles filhos da puta roubaram uma tonelada da nossa cocaína mesmo ?Uma tonelada?!

— Sim. — Bufei alto. — Malditos Cosa Nostra.

Que vontade de enfiar tudo aquilo pela goela deles e os assistir ter uma overdose com uma tonelada de cocaína.

Eu gargalho.

— Só volta logo. Voltei a um mês para Sicília e você logo depois foi enviada para Moscou. — Aperto o freio quando me aproximo de um carro na minha frente. Bufo. Merda de trânsito. — Preciso de você aqui. Ainda é... Difícil.

Nunca pensei que voltar para Sicília seria uma opção depois do que aconteceu a dois anos.

Daqui a pouco estou embarcando de volta à Itália, bela mia. Mandei tacar fogo em um dos lugares dos russos. Vão ficar furiosos — ao ouvir "fogo" estremeço. A ouço suspirar. — Sabe que não queria ficar longe de você né? Você voltou a pouco tempo e tive que vir para essa droga de missão. Sou sua amiga, tenho que cuidar de você.

Eu sorrio. No dia que voltei para Sicília ela ficou igual um bebê coala agarrada em mim.

Coco e Antônio estão cuidando bem de mim — afirmo acelerando o carro quando o trânsito voltou a fluir, olhando pele retrovisor e vendo os dois carros pretos de escolta logo atrás do meu SUV.

Set me on fire | Romance SáficoOnde histórias criam vida. Descubra agora