Luna Águila e Lexia Innocenti, herdeiras de máfias rivais, compartilham um passado marcado por uma paixão intensa e proibida. Luna, conhecida como " A Química" da máfia Águila, é uma mente brilhante, com habilidades que vão da química à tecnologia...
" Dizem que você é o melhor Mas quando te viras, eles nos odeiam Oh, miséria Todo mundo quer ser meu inimigo Poupe a simpatia"
Enemy ~ Imagine Dragons
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Lexia Innocenti
Os corredores silenciosos da mansão Innocenti parecem ecoar cada passo como um tambor, um eco constante das decisões difíceis que precisarei tomar para proteger minha máfia.
Ao entrar no meu escritório, vejo um grande quadro pendurado na parede, de um famoso artista Italiano, o preferido de meu pai, Salvatore Innocenti, o fundador desta máfia, o homem cujas pegadas sempre fiz questão de não seguir.
Sento-me atrás da mesa de mogno, e meu olhar recai sobre a pilha de arquivos que me foram enviados sobre um único assunto: Luna. Provas do que já desconfiava: ela não tem nada a ver com os Assassinatos. No entanto, minha mente está mergulhada em um turbilhão de pensamentos, porquê essa situação acaba de ficar mais complicada.
A intercomunicação na mesa emite um zumbido, anunciando a presença de Kiara.
— Lexia, o conselho está à espera para discutir a situação — Kiara informa, mantendo sua expressão neutra como o habitual.
Assinto, fechando a pasta com força. Discutir a situação de novo, revirei os olhos.
Levanto-me da cadeira, sem a menor energia para falar mais uma vez com aquele conselho. Essa era a pior parte de ser Don ao meu ver. A sala do conselho é preenchida com a presença dos membros do alto escalão da Innocenti. Sentados ao redor da grande mesa de carvalho circular, seus olhares estão fixos em mim enquanto entro.
— Senhora, estamos aguardando seu veredicto sobre a situação com os Águila. — O membro mais antigo do conselho, Dante, quebra o silêncio. — Soube que tem mais informações. — Claro que soube. Reprimo a vontade de revirar os olhos.
— Me foram enviadas evidências convincentes de quê os Águila não tiveram envolvimento nos recentes assassinatos. Clare Wilson, com que já tivemos uma conversa, parceira de Jay Malone, atesta a presença da herdeira em sua festa durante um dos ataques — anuncio, mantendo meu tom firme.
Uma onda de murmúrios se espalha pela sala, e vejo expressões de surpresa e ceticismo entre os membros do conselho.
— Em um dos ataques? — Olho fixamente para Dante, que parece ponderar minhas palavras. — Eu acho...
— O que você os senhores acham não faz a menor diferença para mim. A menor — o interrompo com o tom de voz elevado — Vocês somente têm que acatar ao que lhes é informado.
— Senhora, não podemos ignorar os ataques que sofreram os nossos. Precisamos de retaliação! — Giovanni, outro conselheiro, argumenta com raiva.
— Retaliação cega só nos levará a uma guerra que não será boa para ninguém no momento. Principalmente contra alguém que aparentemente não tem nada a ver com isso. — Minha resposta é medida, consciente das tensões na sala. — Devemos explorar opções de diálogo, pelo menos por enquanto.
