PRÓLOGO 2 - 𝑫𝑰𝑨 𝟐 ; 𝑶 𝑽𝑬𝑳𝑶́𝑹𝑰𝑶

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As lembranças do dia perturbavam a mente daqueles pobres alunos.

Até mesmo em seu velório, tudo parecia estranho, tudo parecia confuso. Havia sido um dia calmo, mas chuvoso, assim como os sentimentos dos que compareceram ao pequeno enterro.

Seus pais optaram por não fazer a cremação da Hwang mais nova, era visível o tanto de maquiagem que haviam aplicado para cobrir seus hematomas.

Hematomas.

Só Deus sabe o quanto que Yeji deve ter sofrido nas mãos de quem tirou sua vida..

Os colegas, com os olhos baixos e o semblante carregado, mal conseguiam encarar o caixão. As palavras de conforto pareciam vazias, e os gestos de solidariedade, quase automáticos.

O clima era de um luto profundo, mas também de uma inquietação palpável, como se todos soubessem que algo estava profundamente errado, mas ninguém tinha certeza do que.

A sala estava cheia de murmúrios abafados e o som constante da chuva que caía lá fora, misturando-se com o peso do silêncio. Cada rosto refletia a dor e o choque de perder alguém tão jovem e promissora.

E, enquanto a cerimônia avançava, muitos se perguntavam como seria possível que a vida de Yeji tivesse terminado de maneira tão brutal e injusta. Quem poderia ter sido capaz de tamanho ato de violência? E por que ela? Essas perguntas pairavam no ar, sem respostas, amplificando o sentimento de impotência e tristeza.

O som da chuva continuava, um lembrete constante de que o mundo lá fora seguia, indiferente ao sofrimento dos que ficaram. Mas dentro daquele espaço, o tempo parecia ter parado, preso em um ciclo de dor e dúvida, enquanto a perda de Yeji se transformava em um mistério angustiante que ninguém sabia como enfrentar..

Enfrentar..

𝐐𝐔𝐄𝐌 𝐌𝐀𝐓𝐎𝐔 𝐘𝐄𝐉𝐈? - 𝐈𝐓𝐙𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora