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Sonya está cuidando do machucado de Aris na boca.

-Bebam isso, vai melhorar.- Mary entrou na sala com Harriet e deu a eles um copo com bebida.

Eu, Brenda, Newt e Thomas estamos falando com eles.

-Demoraram para nos resgatar.- Aris disse dando um sorriso fraco.

-Bom te ver.- Respondi.- O que houve?- Eu disse me referindo aos seus machucados.

-Tentei revidar.- Aris disse e Sonya riu fraco.

-Deram sorte de nós achar.- Sonya nos olhou.- Não ficamos no mesmo lugar por muito tempo. Parecia que algo grande aconteceria.

-Sabem pra onde estão indo?- Newt indagou.

-Só sei que, ficavam falando de uma cidade.- Aris respondeu.

Olhei para Thomas, que olhou para Newt, que olhou para mim e olhei para Brenda.

-Achei que não tinha sobrado nenhuma.- Harriet disse.

-É porque não sobrou.- Brend a disse de braços cruzados.- Não de pé, pelo menos.

-Ei, mas e o Minho?- Perguntei.- Por que ele não estava no trem?

-Lamento informar, Lizzie.- Aris disse e eu já comecei a me preocupar.- Ele estava.

-Como assim ele estava?

[...]

Eu e Brenda estamos andando por aí de braços dados, rindo e falando bobagens, tentando esquecer um pouco disso tudo. Mas não é eficiente.

-Não acredito que Teresa fez isso conosco.- Ela disse fugindo completamente do objetivo, sabíamos que era impossível não pensar em tudo então desistimos.

-Pois eu acredito, não gostava dela desde o labirinto, e me sinto envergonhada por um dia achar que eu poderia estar errada sobre ela.- Continuamos andando.- Pelo visto eu não estava.

Continuamos andando um tempo sem falar nada.

-E meu irmão gosta dela! Acredita?- Eu disse e Brenda parou.

-Seu irmão gosta dela.- Ela perguntou em um tom baixo.

-Sim.- Afirmei mas logo me dei conta do que ela havia lembrado. O beijo. Me senti mal por isso e me aproximei.- Brenda...

-Está tudo bem.- Ela disse e continuou andando.- Não esperava que fosse recíproco, tanto antes e convictamente depois do ocorrido.

-Antes?- Perguntei confusa e Brenda se virou.

-Desculpe, devo ter me confundido.- Ela disse e continuamos caminhando.- Pelo menos você tem um amor recíproco.- Ela disse e eu fiquei vermelha.

-É...- Eu disse me sentindo mal por ela.

-Não ache que sou uma coitada!- Ela disse.- Não preciso de homem nenhum para me sentir completa e viva.

Nos entreolhamos e rimos. É bom ter uma amiga.

-Bren, já está anoitecendo.- Olhei para o céu, nem tinha percebido.

-Tem razão, acho que já vou me recolher.- Ela se virou pra mim e sorriu.

-Boa noite, amiga! Não espere por mim no jantar, não estou com fome.- Ela deu um sorriso singelo.

-Boa noite...- Respondi e ela foi para sua tenda, percebi que Brenda estava mal, mas não quis dizer nada pra não deixá-la mais triste.

Suspirei e caminhei até onde o pessoal acendeu uma fogueira. Assaram uma carne de algum animal que caçaram na fogueira, e em uma mesa tinham algumas tigelas de barro cheias de frutas. Me aproximei, peguei algumas uvas e uma maçã, logo fui me juntar à eles, estavam sentados em um tronco rindo e conversando ao redor da fogueira.

The runner - Newt Onde histórias criam vida. Descubra agora