Parei em frente ao navio, respirei fundo, reunindo coragem para entrar e conquistar o que é meu por direito. Estava prestes a subir quando ouvi um som estranho vindo dali por perto, algo que soava como se alguém estivesse tentando chutar o mar. Contornei o navio e me deparei com Sanji, segurando uma garrafa de soju, descalço, com os pés na água rasa, chutando as pequenas ondas que quebravam ali, e olhando para o nada.
— Ei, padeiro! — chamei, me aproximando para captar sua atenção. Ele se virou para mim, com os olhos inchados e avermelhados.
— O que você quer? — ele respondeu, claramente bêbado, a voz arrastada e trôpega.
— Crê em Deus Pai, o que houve com você? — perguntei, enquanto ele chutava areia em minha direção.
— Me deixou no meio do mercado como se eu não fosse nada.
— Foi você quem foi embora sozinho.
— CALA A BOCA! — ele gritou, me fazendo recuar, assustado. — Você me tratou como se eu não fosse ninguém. Uma hora você diz que me escolheria mil vezes, e depois me abandona na primeira oportunidade!
— Calma aí! Foi você que me deu um fora! Por que eu deveria te escolher? — respondi, irritado.
— Você é um idiota — ele murmurou entre soluços, mantendo aquela expressão irritada, o que partiu meu coração. Queria discutir, mas vê-lo daquele jeito me despedaçou. — Eu odeio você!
— Para com isso! — o puxei para um abraço. — Você fica horrível assim.
— Agora você me acha horrível? — ele perguntou, chorando com o rosto afundado no meu peito.
— Você não é horrível, mas neste momento está — o levantei, segurando-o no colo. — Então, esconda o rosto para que ninguém te veja.
Levei-o para dentro do navio, passando por todos sem que ninguém dissesse nada. Robin sorriu ao passarmos, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo. Levei-o para o andar de baixo, onde ficava o aquário, pois sabia que ali ninguém nos ouviria; a acústica daquele lugar era perfeita.
— Vamos conversar. — nos sentamos um de frente para o outro.
— Estou muito magoado — ele disse, enxugando as lágrimas entre soluços.
— Bom, eu também estou magoado. Você diz que não me quer, mas sempre acaba chorando de ciúmes. Eu não te entendo.
— Eu quero você — ele disse, e eu revirei os olhos.
— Você está claramente bêbado demais para se declarar. Só essas palavras não bastam — falei, me levantando.
— Eu não estou bêbado o suficiente para mentir — sua resposta me fez sentir um frio na barriga.
— Se você me quer, então por que me deu um fora hoje mais cedo? Você disse que não iria rolar, que era homem e tudo mais.
— Você já se colocou no meu lugar? Acordei nos seus braços, na sua cama, no seu quarto, e com você duro como uma pedra. Sabe quanto tempo eu demorei para digerir essas informações?
— Bom, falando desse jeito... — cocei a nuca. — Mas mesmo assim, você foi muito babaca.
— Você quem foi babaca comigo, me provocando, zombando de mim como se eu fosse um viadinho fácil, rindo de mim e fazendo insinuações sexuais. Eu me senti tão humilhado, e ainda te fiz um biscoito...
— Ei, calma lá! Eu estava flertando com você. E ainda disse que o biscoito estava bom!
— Ah... Você... — ele olhou fundo nos meus olhos. — Então era isso? Nossa, você é tão... ogro.
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Luxúria - Zorosan
أدب الهواةPrólogo Não consigo parar com isso; é minha quarta semana consecutiva sonhando com ele de forma explicitamente sexual. Acordo todas as manhãs excitado, amaldiçoando-me por sempre ter que pensar nele para conseguir gozar. Quando o sonho está fresco...