VI

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“Sou apenas uma criança por dentro

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Sou apenas uma criança por dentro. Tentando incontáveis vezes, traçar um caminho até o fim.”


O sol bateu contra meu rosto. As persianas estavam levemente entreabertas, o que possibilitou a entrada irritante de feixes solares.

Com um resmungo baixo, levantei da cama e olhei para os lados, ainda sonolenta.

Me deparei em uma situação inusitada, estava em um quarto desconhecido, mas diferente do qual estava familiarizada. Era reconfortante. As paredes estavam pintadas de roxo. Sobre um criado-mudo, havia um abajur com figuras do espaço cósmico que emitia uma luz verde, permitindo enxergar figuras na parede que não eram visíveis a olho nu.

Ainda perdida em divagações sobre a aparência do quarto, algo chamou minha atenção: um porta-retratos onde três pessoas estão sorrindo.

Sem hesitar, peguei o porta-retratos sobre o criado-mudo. O homem tinha cabelo castanho e olhos negros como ônix. Ele parecia jovial, mesmo que não aparentasse. A mulher tinha cabelo negro e olhos castanhos. No meio deles estava uma jovem. Os três estavam vestidos de terno, enquanto a garota usava um uniforme colegial do ensino médio.

Quem são essas pessoas?

De repente, ouvi passos se aproximando. Por instinto, levantei-me da cama em estado de alerta.

Eles estão vindo, pensei, apertando meu pijama com força. Tentei fazer minhas mãos pararem de tremer, mas parecia em vão.

Ainda é difícil me acostumar com esses bastardos irritantes. Como posso não sentir medo? Eu ainda sou humana, afinal…

Fechei meus olhos com força quando a porta foi aberta, esperei o pior cenário possível para encarar as consequências de ter matado alguém ontem.

— Haru, está tudo bem? — A voz amorosa de uma mulher soou em meus ouvidos. Não continha veneno; era pura, sem maldade.

Ao abrir meus olhos, encontrei duas pessoas paradas com um bolo de aniversário nas mãos. Estava escrito “Feliz aniversário, Haruka”.

— Parece que você ainda está sonhando. Que tal lavar o rosto, querida? — O homem de aparência gentil acariciou minhas bochechas com o polegar.

Demorei um segundo para balançar a cabeça e concordar com o que ele disse.

Quando entrei no banheiro, tranquei a porta por segurança. Eu não conseguia acreditar que aquelas pessoas no quarto fossem meus pais biológicos. Afinal, Haruka está morta.

Foi o que pensei, mas ao olhar para o espelho, fiquei surpreso ao ver um rosto desconhecido me encarando de volta. Cabelos pretos que caíam até minha cintura, franja cortada retamente. Olhos pequenos, mas afiados, de cor marrom, que continham um brilho intenso. Lábios vermelhos, bochechas levemente rosadas. Era tão viva e diferente da minha aparência atual.

O doce beijo do DIABO (Fanfic Diabolik Lovers)Onde histórias criam vida. Descubra agora