Afundando dia após dia

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Mais...um... dia... Outras vinte e quatro horas.
Ella foi para o trabalho

— Mais um ano senhorita,Couter. Vê se dessa vez faz tudo direitinho viu? Kkk

— É, se não vai ter mais uma tabela só para você kkk

As implicâncias dos "colegas "só aumentaram ,depois de que ela ficou como pior funcionária. Por acaso eles eram mesmo adultos? Pois agiam feitos crianças.

— Me deixem em paz

— Calma estressadinha. Só queremos ter nosso dinheiro a mais kkk

— ELLA TOMISHON,NA MINHA SALA AGORA

Ella respirou fundo, sabia que aquela voz era de Alfred querendo implicar mais ainda com ela. O que ele queria dessa vez?
Ella andou com calma, não se importou com os gritos do chefe a chamando. Andava como se a mesa de escritório dela e a sala dele fossem quilômetros de distância. Passo por passo. Há quem diga que era pirraça,mas na verdade ela só estava cansada de tudo e alguns gritos não fariam mais diferença.

— Me chamou? — falou quando finalmente chegou na sala do chefe

— INÚMERAS VEZES!

— desculpe,eu não tinha escutado.

— Tá, tá... Eu já disse que não tenho tempo para gastar com você! Você vai fazer uma página para o jornal sobre o deslisamento de terra que teve na Dana point . Você tem vinte e quatro horas para me entregar tudo pronto

— Certo, senhor.

— 24 horas! 24 HORAS! é o suficiente tá ouvindo?!

— sim, senhor

Ella foi ao local,pegou as passagens e foi ver o  deslisamento  que aconteceu em Dana point, três mansões ficaram a beira do desabamento,mas ninguém se machucou e as mansões ficaram intactas.

Ella olhou para o mar, e para o céu.
— Ainda continua sem cor... — Sussurrou

— Olá,poderia me ajudar com uma coisa , senhorita?

— O..olá — Ella parou e observou a senhorita na frente dela, provavelmente dona de algum barco daqueles.

— Claro. Do que precisa?

— Ah minha querida é que esse nó não está se desfazendo e os meus netos não estão aqui por perto. Poderia me ajudar?

Ella prendeu o cabelo e com muito cuidado foi desamarrando o nó, em poucos minutos ela conseguiu desatar.

— obrigada minha querida

— De nada, senhora. 

Ao tentar sair da ponte que ficava no meio entre o barco e a estradinha, ela caiu na água
Agora ela mais uma vez estava, caindo e caindo. Descendo cada vez mais, cada vez mais fundo, não adiantaria gritar, ninguém ouviria, ela não quis mais lutar. Talvez ninguém sentiria a sua falta. Ela só afundou cada vez mais até os seus olhos começarem a fechar

Mas quando menos esperava ela viu alguém nadando em sua direção. Seria a sua cura? A salvação? Ou  uma simples alucinação?

 Seria a sua cura? A salvação? Ou  uma simples alucinação?

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