Mais um dia...

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Mais um dia... Ella sempre respirava fundo ao vê que mais um dia chegava, o ciclo tudo de novo...
Era hora de ir trabalhar, mas dessa vez ela comeu uma fatia de pão antes de sair... não era muita coisa,mas já era alguma coisa.

— Bom dia,chefe...— ela foi direto na sala de Alfred. Sabia que ele a chamaria ,então pra que ficar esperando?

— Ella Tomishon! Quantos dias eu te dei para a matéria?

— um dia, senhor...

— Exato, 24 HORAS! ELLA TOMISHON! — ele batia com força a régua na mesa.

— Desculpe,senhor...

Alfred levantou a mão para bater em Ella,o que fez com que ela fechasse os olhos e se abaixasse.
...

— Quem...quem é você?!

— Eu que pergunto ,quem você acha que é para bater em uma mulher?!!

Ella abriu os olhos e Matheus estava lá,ele tinha impedido Alfred, segurando com força a mão dele.

— Ella, você está bem? — Matheus perguntou,ainda segurando o braço de Alfred

— Estou...

Matheus olhou para Alfred de uma forma que Ella nunca tinha visto, ele estava tão sério a ponto de ela se perguntar se era a mesma pessoa.

— QUEM VOCÊ ACHA QUE É?!!!

— EU SOU O CHEFE DELA!

— E eu sou o seu superior!

Alfred deu um passo para trás o que o fez cair. Ele sabia que o dono do prédio viria nesse dia,mas não sabia que ele estava bem na sua frente.

— Se..se..senhor?! Eu...eu.. não sabia que viria agora...EU sinto muito, senhor. Eu sinto muito — Alfred se ajoelhou para Matheus.

— Levante-se , agora é tarde  para pedir  perdão. Você terá a chance de pedir desculpas,na CADEIA. Mas nem mesmo eles o ouvirão. Pagará pelo seu crime, e eu farei de tudo para que você não consiga ter mais nenhum trabalho,pois eu só preciso dizer uma palavra sequer para arruinar a sua carreira como jornalista e em qualquer outra área. E eu farei questão de fazer isso!

Os policiais chegaram em seguida, prenderam Alfred pelos crimes que além de tudo ele roubava dinheiro da empresa.
Quando todos foram embora. Matheus ficou sozinho com Ella,que estava paralisada tentando entender o que aconteceu.

— Você está bem? — Falou se aproximando dela.
Os olhos de Matheus mudavam quando olhavam para ela, não eram os mesmos de quando ele fala com outras pessoas.

— Estou... Você é o dono do prédio?

— Sim, ele era do meu pai,mas ele morreu...e todos os prédios e filias ficaram as minhas ordens.

— Ah...por isso estava aqui naquele dia?

— Sim, eu estava vendo melhor como era o prédio. Sem avisar aos funcionários. Que bom que eu estava lá, não é mesmo?

— Obrigada. Eu não tive tempo de agradecer antes me desculpe. Mas muito obrigada por tudo. — Os olhos de Ella estavam cheios de lágrimas. Quando Matheus percebeu ele a abraçou.

— Não precisa agradecer. Aquele homem, não tinha o direito de fazer ,o que fez... Você não fez nada de errado,Ella.

Ella estava envolvida naquele abraço, ela sentia  paz e segurança ali. Pôde finalmente chorar,sem ser julgada.

— Eu disse que me importaria com você. Eu sei que mal nos conhecemos,mas eu farei de tudo para que você viva uma vida boa. Pode contar comigo para o que for. Ella Couter

Ella se afastou gentilmente do abraço.

— Obrigada... — um sorrisinho apareceu no rosto dela. Há muito tempo que ela não sorria.

— Sorria mais vezes, seu sorriso é lindo.

Ella não estava preparada para esse elogio,suas bochechas rosaram pela primeira vez na vida. Mas Matheus fingiu não perceber para não a deixar sem graça,mas ele deu uma pequena risada, o que fez ficarem um pouco mais vermelhas.

— Bom...tenho que ir agora, vá para casa e descanse. Não precisa vir trabalhar amanhã, fecharei o prédio por um dia. Então...se não tiver nada melhor para fazer, gostaria de passar o dia comigo?

— É...sim,gostaria

— Senhor,por favor venha temos que ir — um segurança chamava Matheus

— Tenho que ir, nos vemos amanhã.

Matheus saiu, Ella o observava até ele sumir do seu campo de vista. O sorriso em seu rosto durou por um bom tempinho. Talvez ao falar com Mateus aquele vazio sumisse aos poucos.

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