CAPÍTULO 11 - COMANDO

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P.V : AMBER NICKEL

O ambiente do cassino exalava aquela energia familiar que me fazia sentir em casa: o som constante das fichas, os olhares de ambição e a tensão quase palpável no ar. Havia algo incrivelmente sedutor na mistura de risco e poder. Eu sempre soube jogar — e não estou falando apenas das cartas.

Caminhei com confiança entre as mesas, sentindo os olhares me acompanhando, avaliando cada movimento. Sabiam quem eu era e o que eu representava. A tensão aumentava conforme eu me aproximava de uma mesa ocupada por homens de várias famílias mafiosas. Alguns estavam tão concentrados nas apostas que nem notaram minha chegada, mas outros já começavam a se endireitar em seus assentos, sentindo a mudança no ar.

Eu me acomodei numa cadeira vazia, cruzando as pernas enquanto jogava meu cabelo para o lado. Meus dedos tocaram suavemente as fichas, sentindo seu peso e textura. Olhei ao redor da mesa, percebendo que os jogadores eram velhos conhecidos do submundo, com suas expressões misturando respeito e ceticismo. Um deles, mais ousado, lançou uma provocação.

— E quem teria coragem de desafiar a Amber neste jogo?

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— E quem teria coragem de desafiar a Amber neste jogo?

Meu sorriso se alargou levemente, mas meus olhos mantinham a frieza. Eu gostava quando subestimavam minha capacidade, porque isso sempre tornava a vitória mais doce.

— Quem tiver coragem de perder — respondi, minha voz suave, mas carregada de ameaça sutil. Começamos a rodada, as cartas deslizando pela mesa enquanto o croupier distribuía as mãos com precisão. Concentrei-me no jogo, mas parte de mim estava ciente de cada movimento ao meu redor.

Foi então que o clima na sala mudou de forma perceptível. A entrada de alguém causou um sutil murmúrio entre os presentes. Ergui o olhar, meus olhos captando a figura que se aproximava. Nishinoya, adentrava o cassino com uma confiança quase sobrenatural. Ele se movia com uma fluidez controlada, como se cada passo fosse calculado.

Ele parou diante da mesa, sua presença era esmagadora, como se todo o ambiente ao redor dele diminuísse. Seu olhar encontrou o meu, e eu senti uma faísca de reconhecimento e desafio. Nishinoya era conhecido por ser implacável nos jogos — um oponente digno.

Ele se inclinou ligeiramente, os olhos penetrantes, antes de falar.

— Parece que a noite ficou mais interessante — disse ele em um tom calmo, mas carregado de significado.

Senti meu coração acelerar de leve, mas mantive o exterior impenetrável. Nishinoya ocupou o lugar à minha frente, suas mãos rápidas já embaralhando as fichas com uma habilidade quase hipnótica. O croupier distribuiu novas cartas e o jogo começou, mas desta vez a tensão era palpável.

Cada jogada era estratégica, cada movimento calculado. Nishinoya e eu nos medíamos em silêncio, um teste de paciência e inteligência. Ele me desafiava, não apenas com as cartas, mas com seus olhares, como se tentasse ler cada pensamento meu. Eu retribuía, mantendo minha expressão fria e calculista, enquanto sentia a adrenalina subir. Este jogo não era mais apenas sobre vencer; era sobre dominar.

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