CAPÍTULO 9 - A CHANCE

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P.V : AMBER NICKEL

Enquanto Lina e eu tentávamos sintonizar a escuta que ela havia colocado em Alan, recebi uma ligação. Coloquei meu celular no viva voz e pude ouvir a voz de Diego do outro lado da linha.

— Olá, Diego. Aconteceu algo importante? — perguntei, curiosa sobre o motivo de sua ligação.

— Oi, tudo bem? Queria saber se a senhorita Gabriela está por aí, perto de você ou da Lina.

Achei estranho, mas dei de ombros. Por que Diego estava tão preocupado com Gabriela?

— Não, ela já está em casa. Tivemos um compromisso e depois disso, ela foi para casa — expliquei.

— Não, ela ainda não chegou em casa — disse ele, com um tom de preocupação na voz.

Franzi a testa, começando a desconfiar.

— Como você sabe que Gabriela não está em casa? — perguntei, trocando um olhar significativo com Lina.

— Bom, ela não atende o celular, não está em casa e não está com vocês. Poderia tentar entrar em contato com ela, já que estão próximas?

Imediatamente, procurei no computador o rastreador do celular dela.

— Pera -— disse, levantando-me assustada. — O rastreador dela não está ativo. Ela nunca desativa o rastreador, sempre deixou claro isso.

Olhei para Lina, que parecia igualmente alarmada.

— Talvez minhas desconfianças sobre os olhares entre os dois não sejam loucura - disse Lina, pegando seu tablet. - Ela não estava com seguranças?

Balancei a cabeça negativamente.

— Puta merda — exclamou Lina, indignada.

Liguei para Gaspar, pedindo que viesse urgentemente ao escritório. Gaspar chegou rapidamente, ciente de que algo grave havia acontecido. Assim que soube de tudo, ele acionou as pessoas para começarem a procurar por Gabriela.

Passei a mão pelo cabelo, tentando pensar em algo.

Diego chegou em poucos minutos na nossa base.

— Alguma ideia? — perguntou ele.

— Nenhuma ainda-— respondeu Lina, andando pela sala.

O celular de Gaspar vibrou com uma ligação que cortou a quietude da noite. Era uma chamada anônima, carregada de ameaça.

—  Boa noite, Triunfo. Imagino que estejam aterrorizadas, suas mentes atormentadas pela ideia de perder para sempre a amiga que tanto amam. Mas, por favor, abandonem qualquer esperança de encontrá-la. Eu a manterei escondida, longe dos seus olhares desesperados. Vocês não a verão mais. Aguardem ansiosamente pela festa que preparei para vocês. Até lá, deixem o medo consumir cada instante.

A voz estava distorcida, tornando impossível identificar quem falava. A ligação se encerrou.

— Leve o áudio até a equipe de tecnologia, eles saberão o que fazer — disse a Gaspar.

Gaspar imediatamente entregou o celular à equipe de tecnologia, instruindo-os a analisar o áudio.

— Merda, merda, merda! — gritei, frustrada com a situação. — Precisamos agir, nem que seja da pior maneira.

— Você quer sair atacando sem provas? — perguntou Lina, me olhando.

— Atacar? — respondi, surpresa. - Não falei isso. Precisamos agir de modo sorrateiro e ágil. - Levantei-me. - Eu vou tentar achá-la.

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