CAPÍTULO 3 - O LEILÃO

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P.V : LINA VERSATTI

Depois da conversa com os empresários do ramo de construção, Amber me convidou para sair e tomar um chope. Recentemente, recebi um convite para visitar um bar sofisticado recém-inaugurado por uma conhecida, então sugeri o local a Amber, que prontamente concordou.

Ao chegarmos ao ambiente, senti-me imediatamente confortável ao observar a atmosfera tranquila, a música ambiente e a ausência de pessoas tumultuadas ou incômodas. Amber dirigiu-se ao balcão e começou a examinar as opções de bebida disponíveis. Sentei-me ao seu lado, apoiando o braço no balcão, e antes mesmo de eu poder escolher uma bebida, reparei em uma figura elegantemente esculpida à minha frente. Curiosa, afastei-me um pouco para ver melhor quem era, revelando um homem de aparência notável, que certamente se enquadrava na categoria dos homens que considero atrativos. Ele usava uma camisa social branca e um avental preto, e sorriu gentilmente ao perceber meu interesse.

- Sejam bem-vindas, senhoritas. Espero que se sintam confortáveis aqui. Sou Lorran, o barman desta noite. Peçam o que desejarem, estou à disposição - disse ele com uma voz que, para mim, era incrivelmente cativante, fazendo-me arrepiar em alguns momentos de sua fala.

- Um chope Pale Ale, por favor - pediu Amber, molhando os lábios não por interesse no barman, mas pela expectativa de saborear a bebida.

- Ótima escolha. Parece que a senhorita conhece bem o universo dos chopes. E a senhorita? - dirigiu-se a mim, com um olhar que aumentava ainda mais minha atração por ele.

- Hm... - murmurei, desviando o olhar para o estoque de bebidas.

- Posso surpreendê-la? - ele perguntou, sua voz provocando um arrepio momentâneo em mim.

Naquele instante, uma série de pensamentos perpassou minha mente, mas mantive a compostura e sorri sinceramente, concordando com ele. Ele virou-se para preparar nossos pedidos enquanto Amber, entretida com seu celular, balançava as pernas.

- Lina - sussurrou Amber, um tanto baixo. Me aproximei para ouvi-la melhor. - Está na cara o que você quer com esse homem - disse ela, seus olhos ainda fixos na tela do celular.

Apenas sorri de lado e dei uma leve cotovelada nela.

- Prontinho - anunciou Lorran, entregando os chopes esperados.

Ao provar o chope que ele preparou, devo admitir que minhas expectativas não eram altas, mas fui surpreendida. O sabor era agradável, equilibrado e não se tornava enjoativo.

[...]

Meu celular vibra suavemente, interrompendo o silêncio da manhã. Com um esforço, estendo a mão e o retiro da cômoda ao lado da cama. A tela brilha intensamente, forçando-me a apertar os olhos antes de ajustar o brilho para algo mais confortável. Vejo a notificação de uma mensagem da Gabriela:

"Todos no QG no horário marcado."

Sussurro para mim mesma enquanto me viro para o lado e abraço o travesseiro, tentando recusar o despertar precoce. Sinto uma onda de sono, mas logo decido que é hora de levantar. Não é a primeira vez que a Gabriela me lembra da importância de não atrasar. Ela detesta atrasos com uma paixão ardente, e eu prefiro evitar o sermão que inevitavelmente viria.

Dou uma rápida olhada no meu relógio e percebo que ainda há alguns minutos até o alarme tocar. Havia programado o alarme para garantir que começasse a me arrumar cedo. Saio da banheira, enrolo-me no meu roupão macio e sigo em direção ao meu closet, ansiosa para vestir o traje que escolhi especialmente para hoje.

Na nossa máfia, a elegância não é apenas uma questão de estilo, mas um símbolo de status. O mundo ao nosso redor é envolto em mistério e segredo; apenas os membros da nossa organização conhecem nossos rostos. Em eventos que envolvem o submundo do ilegal, usamos máscaras para manter nossa identidade protegida.

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