CAPÍTULO 1 - TRIUNFO.

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P.V.: Gabriela Alucard.

— Primeiro de tudo, eu quero saber quem trouxe a — penso por um momento — aquela menina nova para o QG — disse, sentada em minha posição com os braços cruzados.

Gaspar, nosso subordinado que nos mantinha informadas de tudo, praticamente um gerente, respondeu prontamente:

— Senhorita Alucard, essa menina é aquela que você pediu para capturar após ela debochar da senhora na reunião do Ilegal. — Ele pegou o tablet e me mostrou todas as informações dela.

— Hummm — murmurei, olhando atentamente para a tela.

De repente, o rádio de Roberto, o porteiro, bipou:

— Senhorita Nickel acaba de adentrar no QG.

O som dos saltos altos de Amber ecoava pelo corredor enquanto ela se aproximava.

— Já cheguei. — anunciou Amber, tirando seus óculos escuros e ocupando seu lugar na mesa.

Na nossa sala de reunião, cada um tinha seu lugar específico; éramos sistemáticas até nesse detalhe.

— O que aconteceu de tão urgente? — perguntou Amber, a loira, pegando seu notebook sobre a mesa.

— Estou achando ela muito atrasada — referi-me a Lina, impaciente.

— Ela sabe as consequências do atraso. Deve ter algum motivo. — disse Amber, seus olhos fixados na tela do notebook.

Sentei-me à mesa, cruzando as pernas e os braços, meu olhar fuzilando a porta, esperando a chegada de Lina.

— Olá — disse a líder mais nova ao entrar na sala de reunião.

Eu bufei e soltei um "atrasada".

— O que eu estava fazendo era mais importante — respondeu a morena, visivelmente contente com o que havia realizado. — Acho que vão gostar também. Está em uma das celas — acrescentou, sentando-se em seu lugar.

Amber levantou os olhos do notebook e olhou para Lina.

— Se você capturou o Andrômeda, eu perdoo esse atraso — disse Amber, tentando ironizar a situação.

— Então estou perdoada — respondeu Lina, esboçando um leve sorriso.

Amber bateu palmas, surpresa.

— Estou orgulhosa — disse a loira, ao saber da notícia.

Eu, ainda estressada, declarei seriamente:

— Já cansei de falar que aqui não tem essa. Eu sou a última a chegar.

Lina se ajeitou na cadeira enquanto eu continuava.

— Então, da próxima vez, para não atrasar, eu deixo ele fugir — disse Lina, observando-me.

— Então deixe, porque em momento nenhum eu falei que era para ser agora. A última palavra é minha, e ponto — respondi, completamente séria.

— Ok, está legal — disse Lina, levantando as mãos em rendição.

Enquanto discutíamos, Amber dava uma olhada nos e-mails. De repente, sua expressão mudou.

— Olha que interessante... — disse Amber, um pouco empolgada, um momento raro. Ela virou a tela do notebook na minha direção. — No próximo leilão do Ilegal, vão apresentar o Blindado Insurgent. Sabe do que esse bebê é capaz? É impenetrável a qualquer munição. Precisamos dele. O que acha?

Eu olhei para a tela, considerando a proposta. O Insurgent seria uma adição poderosa ao nosso arsenal.

— Perfeito, super apoio. Nickel, você ficará responsável por isso. Dou-lhe a honra de pegar essa belezinha — declarei.

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