10: ℭ𝔬𝔫𝔣𝔩𝔦𝔱𝔬𝔰 𝔡𝔢 𝔖𝔞𝔫𝔤𝔲𝔢 𝔢 𝔈𝔰𝔠𝔬𝔩𝔥𝔞𝔰 ℑ𝔪𝔭𝔬𝔰𝔰í𝔳𝔢𝔦𝔰

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O vento soprou forte pelas colinas do Reino da Sombra, espalhando folhas secas pelo campo de batalha iminente. O rei, ainda com o olhar fixo em Seonghwa, lutava internamente com as palavras de seu filho. A raiva pelo que acreditava ser um rapto mesclava-se ao alívio por vê-lo são e salvo, mas suas convicções sobre os demônios e sua sede por justiça o impediam de ceder tão facilmente.

Rei com voz pesada

- Seonghwa, teu coração é nobre, mas estás iludido. Os demônios não conhecem outra linguagem além da guerra e do poder. É meu dever como rei proteger nosso povo... e como pai, proteger-te da influência dessas criaturas.

Seonghwa, ainda de pé, apesar da dor da queda, deu um passo à frente, aproximando-se do pai.

Seonghwa com firmeza

- Pai, compreendo teus receios, mas Hongjoong é diferente. Ele salvou-me quando ninguém mais o faria. Não desejo vê-lo ferido, assim como não desejo ver mais sangue derramado em nome de uma guerra que pode ser evitada.

Os cavaleiros ao redor observavam a cena com tensão, esperando a ordem do rei para avançar ou recuar. A noiva de Seonghwa, que estava à retaguarda, observava a troca entre pai e filho com ansiedade, sem entender completamente os sentimentos de Seonghwa por Hongjoong, mas temendo perder o príncipe para sempre.

Tzuyu sussurrando para si mesma

- Por que ele defende tanto esse demônio? O que há entre eles que eu não sei?

O rei, notando a presença da noiva, sentiu a pressão de tomar uma decisão que poderia mudar o destino de seu reino.

Rei respirando fundo

- Seonghwa, és meu herdeiro e, como tal, deves compreender as responsabilidades que recaem sobre teus ombros. O povo te espera, e tua noiva também. Não podes abandonar teu reino por uma aliança impossível com um demônio.

Seonghwa fechou os olhos por um momento, lutando para conter suas emoções. Ele sabia que Hongjoong estava observando de longe, pronto para intervir se necessário, mas também sabia que não podia permitir que mais violência e sofrimento surgissem dessa situação.

Seonghwa determinadamente

- Pai, estou disposto a fazer o que for necessário para proteger nosso reino, mas isso não inclui matar inocentes. Se Hongjoong for atacado, ele se defenderá, e mais vidas serão perdidas. Estou pedindo, como teu filho, que reconsideres.

O rei, sentindo o peso das palavras de Seonghwa, hesitou. Mas antes que pudesse responder, uma figura sombria surgiu das sombras, aproximando-se lentamente. Era Hongjoong, que havia usado seu poder para teletransportar-se ao lado de Seonghwa.

Hongjoong calmamente

- Majestade, não vim para lutar, mas para proteger aqueles que amo. Seonghwa tem razão. Continuar esta guerra só trará mais dor a todos nós.

Os cavaleiros, surpresos pela aparição repentina, prepararam suas armas, mas o rei ergueu a mão, sinalizando para que aguardassem.

Rei olhando para Hongjoong

- E por que deveria eu confiar em tuas palavras, demônio? Que garantias me dás de que não tentarás tomar meu reino?

Hongjoong olhou para Seonghwa, seu olhar suavizando ao ver a preocupação no rosto do príncipe.

Hongjoong com sinceridade

- Minha única garantia é meu amor por teu filho, majestade. Não desejo teu trono, nem tua coroa. Desejo apenas que Seonghwa seja feliz e seguro. E se para isso eu tiver que afastar-me, assim o farei... mas não permitirei que mais sangue seja derramado em vão.

O silêncio tomou conta do campo, enquanto o rei ponderava suas opções. O destino de ambos os reinos pendia na balança, e a decisão que tomaria definiria o futuro de todos.

A tensão no ar era palpável. Todos os olhos estavam fixos no rei, aguardando sua decisão. Seonghwa e Hongjoong permaneciam lado a lado, representando uma união que poucos compreendiam, mas que ambos estavam determinados a proteger.

O rei olhou para o filho e depois para Hongjoong, sua expressão endurecida pelos anos de batalha e liderança. Ele sabia que qualquer decisão que tomasse ali teria repercussões imensas, não apenas para seu reino, mas também para o futuro de sua família.

Rei com voz grave

-  Sempre fui um homem de dever, Seonghwa. Meu dever é proteger este reino e nossos costumes. Trazer um demônio para dentro de nossos muros, aceitá-lo como aliado... isso vai contra tudo o que aprendemos, contra tudo pelo qual lutamos.

Seonghwa manteve-se firme, sentindo o peso das palavras do pai, mas não se deixou abalar.

- Pai, as batalhas que travamos no passado não precisam ditar nosso futuro. Hongjoong não é nosso inimigo, e é hora de reavaliarmos quem realmente são. Estou disposto a lutar ao teu lado contra qualquer ameaça, mas não contra ele.

Hongjoong deu um passo à frente, inclinando a cabeça respeitosamente diante do rei.

- Majestade, se minha presença aqui é uma ameaça, partirei. Mas saiba que a segurança de Seonghwa sempre será minha prioridade, não importa onde eu esteja. Peço apenas que considere o bem-estar do teu filho antes de ordenar uma guerra que ele claramente não deseja.

O rei fechou os olhos por um momento, respirando profundamente. Ele sabia que os cavaleiros estavam prontos para obedecer a qualquer ordem, mas também sentia que a resistência de Seonghwa e a sinceridade de Hongjoong não poderiam ser ignoradas.

Finalmente, após um longo silêncio, ele ergueu a mão, sinalizando que os cavaleiros abaixassem suas armas.

Rei com voz firme, mas resignada

- Não é fácil para mim, mas se há uma chance de evitar mais derramamento de sangue, devo considerá-la. Hongjoong, por agora, confiarei nas palavras de meu filho e nas tuas. No entanto, não esperes que seja fácil convencer meu povo e minha corte dessa aliança.

Os cavaleiros, embora surpresos, respeitaram a decisão de seu rei e baixaram suas armas, dando alguns passos para trás. Seonghwa sentiu uma onda de alívio, mas sabia que essa era apenas a primeira batalha vencida.

- Obrigado, pai. Prometo que faremos o que for necessário para garantir a paz entre nossos reinos.

Hongjoong, ainda ao lado de Seonghwa, sentiu-se grato pela confiança depositada nele, mesmo que de forma hesitante. Ele sabia que não seria fácil, mas a presença de Seonghwa ao seu lado lhe dava forças para enfrentar qualquer desafio.

Hongjoong olhando para Seonghwa com um leve sorriso

- Juntos, superaremos isso, meu príncipe.

O rei, observando a interação entre os dois, percebeu que a ligação entre eles era mais forte do que qualquer preconceito que ele pudesse ter. Ele ainda não estava completamente convencido, mas decidiu que daria uma chance para que seu filho provasse que esse caminho poderia ser o certo.

Rei com voz autoritária

- Voltaremos ao palácio. Há muito o que discutir e planejar. Seonghwa, Hongjoong, quero que ambos estejam presentes nas reuniões. Precisamos entender melhor essa nova aliança e o que ela pode significar para nosso reino.

Seonghwa assentiu, sentindo um novo senso de esperança surgir em seu coração. Hongjoong, por sua vez, manteve-se calmo, sabendo que o caminho à frente seria difícil, mas confiante de que, com Seonghwa ao seu lado, poderiam superar qualquer obstáculo.

Enquanto o grupo começava a se reorganizar para a volta ao palácio, Seonghwa e Hongjoong trocavam um olhar cúmplice. Ambos sabiam que essa era apenas a primeira de muitas batalhas que viriam, mas estavam prontos para enfrentá-las juntos.

O futuro dos reinos estava incerto, mas uma coisa era certa: a aliança entre Seonghwa e Hongjoong mudaria o destino de todos para sempre.

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