𝟭𝟯: 𝔄 𝔘́𝔩𝔱𝔦𝔪𝔞 𝔈𝔰𝔠𝔬𝔩𝔥𝔞

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No coração do Reino das Sombras, Hongjoong caminhava com passos lentos e atentos, como se o próprio solo sussurrasse segredos em seu ouvido. Seus pensamentos estavam mergulhados nas intrigas do reino humano, nos sinais de traição e, principalmente, no destino incerto de Seonghwa, que, agora, não podia mais proteger tão diretamente quanto desejava. Contudo, o reino parecia vibrar sob seus pés, uma advertência silenciosa que apenas os mais poderosos demônios, como ele, conseguiam captar.

No horizonte das montanhas sombrias, uma luz espectral pairava, pulsante e inquietante. Foi nesse momento que um dos Anciões do reino se aproximou de Hongjoong, com o semblante severo e a postura imponente, sinalizando a gravidade da situação.

Ancião Eryndor com voz profunda e ecoante

- Hongjoong, as sombras murmuram. Sinto uma perturbação que se alastra desde os limites de nossos domínios. O reino humano está em movimento, e temo que as ameaças não sejam poucas.

- Sei que o pressentimento não mente, Eryndor. As forças humanas querem mais do que destruir nossas terras; querem varrer todo vestígio de nosso legado. Mas ainda há mistérios que eles não compreendem… e isso será sua ruína - olha para o ancião com respeito, porém com uma firmeza própria dos líderes

Eryndor coloca uma mão firme no ombro de Hongjoong

- Então que se prepare nosso povo, para que conheçam a ira das sombras, caso se atrevam a cruzar nossas fronteiras. Chame nossos Guardas das Sombras e alerte-os para vigiar cada trilha e passagem. Deves liderá-los com sabedoria, Hongjoong, pois não enfrentamos apenas mortais… mas também aqueles corrompidos pela própria ambição.

Hongjoong assente, absorvendo a magnitude da situação. Ele sabia que o Reino das Sombras não se manteria seguro apenas pela força; seria necessário astúcia, alianças e o zelo dos antigos para conter o avanço dos humanos.

Logo, Hongjoong reúne-se com San e os Guardas das Sombras no pátio central do castelo, onde a atmosfera pesada da noite parecia sombria e densa.

Hongjoong com voz firme e penetrante

- Meus guardiões, nobres defensores do Reino das Sombras, ergam suas forças e preparam-se para proteger cada canto de nosso lar. Que nenhum humano avance sem enfrentar nosso poder, que cada demônio se mantenha atento, pois enfrentamos não apenas espadas e lanças, mas a vilania de corações impuros!

San, observando a multidão de guardas e guerreiros prontos a defender o reino, aproxima-se de Hongjoong com uma expressão séria.

- Senhor, e quanto a Seonghwa? Sabes bem que o reino humano poderia usá-lo para desestabilizar vossa determinação… e temo que o coração dele ainda esteja dividido - com semblante de preocupação

Hongjoong com olhar distante, mas resoluto

- Seonghwa é forte, e seu destino já está entrelaçado ao nosso. Ele deve decidir por si, mas sua alma é mais pura do que os humanos podem compreender. Quando o momento certo chegar, ele encontrará seu caminho.

Enquanto os preparativos seguiam, Hongjoong se afastou para um ponto mais alto do castelo, onde pôde ver as fronteiras distantes. Lá, sob o manto da noite, ele evocou uma força antiga e adormecida dentro de si, um poder concedido pelos Anciões, conhecido como o “Olhar dos Eternos.” Esse poder o permitia ver além do tempo e do espaço, revelando-lhe vislumbres do futuro e sinais de perigo iminente.

Hongjoong murmurando para si mesmo

- Que a previsão seja clara, e que as sombras nos guiem… pois, se a guerra deve vir, que sejamos os primeiros a lançar as garras sobre nossos inimigos.

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