𝟭𝟭: 𝔄 𝔗𝔯𝔞𝔦çã𝔬 𝔖𝔦𝔩𝔢𝔫𝔠𝔦𝔬𝔰𝔞

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O palácio estava envolto em um silêncio inquietante, apenas quebrado pelo som suave dos passos apressados dos servos que se moviam pelos corredores. O rei, em sua majestade sombria, encontrava-se em seus aposentos privados, onde havia convocado uma reunião secreta com os cavaleiros mais leais e a noiva de Seonghwa, Tzuyu.

Enquanto esperavam a chegada do rei, os cavaleiros mantinham uma postura rígida, cientes da gravidade da situação. Tzuyu, por sua vez, estava pálida, mas sua determinação era evidente. Ela não podia aceitar a ideia de que Seonghwa pudesse se afastar do caminho traçado para ele, especialmente por causa de um demônio.

O rei adentrou a sala, sua expressão impenetrável. Ele fechou a porta atrás de si, garantindo que não haveria ouvidos indesejados. Olhou para cada um dos presentes, tomando um momento para avaliar suas reações antes de começar a falar.

- Convidei-vos aqui porque esta situação se tornou insustentável. A aliança entre meu filho e aquele demônio é uma afronta ao nosso reino, à nossa honra. Algo precisa ser feito, e rápido - com voz baixa, mas firme

Os cavaleiros assentiram em uníssono, sua lealdade ao rei inabalável. Tzuyu, com o coração acelerado, deu um passo à frente.

- Majestade, com todo respeito, precisamos entender o que levou Seonghwa a essa... fraqueza. Por que ele defenderia um demônio? O que aquele ser maligno fez com ele? - com voz trêmula, mas decidida

O rei estreitou os olhos, sentindo o peso dessas palavras. Ele também se questionava o que realmente havia acontecido para que Seonghwa defendesse Hongjoong com tanta veemência.

- É exatamente por isso que estamos aqui, Tzuyu. Não apenas destruiremos o Reino das Sombras, mas também desvendaremos o que fez Seonghwa se aliar a essa criatura. Algo deve ter acontecido, e não descansarei até descobrir.

Um dos cavaleiros, um homem de expressão severa e cicatrizes de batalhas passadas, inclinou a cabeça em respeito antes de falar.

- Majestade, sugiro que aproveitemos a confiança que Hongjoong tem em vós. Ele não deve suspeitar que tramamos contra ele. Podemos usar isso a nosso favor, planejando um ataque quando menos esperarem.

O rei ponderou sobre essa sugestão, reconhecendo sua eficácia. Sua expressão se suavizou ligeiramente, um sorriso frio curvando seus lábios.

- Sim, Hongjoong acredita que tem minha tolerância, talvez até minha aceitação. Mas isso será sua ruína. Enquanto ele está distraído, acreditando que há paz entre nós, reuniremos nossas forças e atacaremos com tudo o que temos.

Tzuyu, ainda lutando contra a maré de emoções que ameaçava dominá-la, acrescentou com voz hesitante:

- E Seonghwa, Majestade? O que faremos se ele tentar interferir? Não quero vê-lo machucado, mas temo que ele possa se colocar em nosso caminho.

O rei, que sempre foi um homem de gelo quando se tratava de assuntos do coração, olhou diretamente para Tzuyu, seu olhar penetrante.

Rei frio e calculista

- Seonghwa é meu filho, e eu o amo, mas não permitirei que ele destrua o futuro deste reino por uma fantasia. Se for necessário, ele será contido, mesmo que isso cause-lhe dor. O bem maior sempre prevalecerá.

Os cavaleiros se entreolharam, compreendendo a seriedade das palavras do rei. Tzuyu, por sua vez, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ela sabia que o rei não hesitaria em seguir seu plano, mesmo que isso significasse sacrificar o que restava da relação com seu filho.

- Preparem-se. Não podemos perder tempo. As forças devem estar prontas, e o ataque ao Reino das Sombras será fulminante. Quando menos esperarem, destruiremos aquele lugar maldito e traremos Seonghwa de volta ao seu verdadeiro caminho, custe o que custar - levantando a voz, para todos

𝔒 ℜ𝔢𝔦𝔫𝔬 𝔡𝔬𝔰 𝔇𝔢𝔪ô𝔫𝔦𝔬𝔰Onde histórias criam vida. Descubra agora