Começo - Part II

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Gabi estava em frente ao restaurante, nervosa

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Gabi estava em frente ao restaurante, nervosa. Ficou uns cinco minutos se recompondo, preparando-se para encarar o que estava por vir. Como uma boa jogadora, concentrou-se e entrou no restaurante famoso em Copacabana, com um estilo jazzístico, à procura de SN. Logo a encontrou sentada em uma mesa, delicada, olhando algo sobre a mesa.

- Oi. - disse Gabi.

- Oi! - SN levantou a cabeça, encontrando o olhar de Gabi com um sorriso sincero. - Sente-se, está com fome?

- Ah, nem tanto.

E assim começou um jantar entre as duas, a sós, ao som de jazz. Elas conversaram sobre a sessão de fotos, sobre como a manhã tinha sido boa e sobre como SN gostou de conversar com a seleção de perto.

Mas logo o passado veio à tona:

- Gabi, sobre hoje... - SN começou, enquanto Gabi tomava um gole de seu vinho, nervosa. - Quando te vi hoje, senti tantas emoções, sabe? Em relação ao passado, eu queria saber como você se sente.

Gabi suspirou. - Eu senti o mesmo ao te ver, mas acho importante falarmos sobre o que sentíamos naquela época. Eu era imatura, confusa com meus sentimentos. - SN ouvia tudo atentamente. - E me arrependo do clima ruim que ficou entre nós.

SN concordou com um aceno.

- Quando nós nos beijamos... Foi engraçado, considerando que agi antes do seu namorado. - Elas riram, lembrando da situação. - Eu senti algo depois disso, mas agi por impulso.

SN tocou nas mãos de Gabi, que estavam sobre a mesa. - Não, Gabi, você apenas seguiu seu coração. Você queria aquilo. Não se culpe, isso acontece.

- Mas, por causa disso, passamos de inseparáveis para mal conseguirmos nos olhar. A culpa foi minha. - Gabi retirou suas mãos debaixo das de SN e se mexeu desconfortável no sofá.

- A culpa não é sua. Eu entendo você. Sinto muito, mas também gostaria que tivéssemos tido maturidade suficiente para que tudo voltasse ao normal, como era antes daquela noite, Gabi. Mas talvez tenha sido bom que isso tenha acontecido. Como eu disse, éramos dependentes uma da outra. Onde estaríamos hoje se nada disso tivesse ocorrido?

Gabi olhou para baixo, nervosa. - Tem mais...

SN olhou surpresa para Gabi. - Mais?

- Eu... ainda tinha sentimentos por você quando você foi embora. A confusão na minha cabeça, o turbilhão de emoções que eu sentia... Eu queria ser como os caras que você namorava naquela época.

SN ficou sem reação com a confissão de Gabi. - Eu também tinha sentimentos por você, Gabi.

Naquele momento, naquele lugar e naquela mesa, só existiam Gabi e SN. O som suave do jazz parou, criando um silêncio completo. Gabi só conseguia ver SN à sua frente, sentindo suas mãos entrelaçadas, enquanto uma única frase ecoava em sua mente: "Eu também tinha sentimentos por você, Gabi."

Gabi tentava falar algo, mas nada saía. Seu coração errava as batidas, seu estômago estava revirado.

- Assim como você ficou confusa, eu fiquei perdida. Eu perdi meu mundo por causa de um momento. Estava com medo, e a única coisa na minha mente era você. Tentei seguir em frente, mas eu só conseguia pensar em Gabi, Gabi e Gabi. O medo atrapalhou duas garotas imaturas.

- Mas e agora? O que fazemos? O que nós sentimos? - perguntou Gabi.

SN entrelaçou seus dedos aos de Gabi, com um brilho nos olhos, e sorriu para a garota. Ela tentava deixar o ambiente mais tranquilo e confortável para Gabi.

- O passado fica no passado. Somos adultas, e eu estou disposta a fazer o que for preciso para seguir em frente. Vamos tentar o que ainda não aconteceu, deixar o medo de lado, e sermos honestas uma com a outra.

Gabi se sentiu à vontade, abriu um sorriso. SN estava certa, elas deveriam tentar. Seu coração ainda estava acelerado, mas agora por um motivo diferente. - Eu quero tentar. Eu quero tentar, quero ficar ao seu lado, e falar tudo o que eu sinto para você.

SN sorriu, esperançosa e feliz com a decisão que tomaram. - Eu estou tão feliz por nós.

Deitadas na cama do pequeno apartamento de Gabi, abraçadas, SN estava aconchegada no centro, enquanto Gabi repousava com a cabeça apoiada em seu braço, envolvida pelos braços de sua parceira. SN fazia leves carinhos com os dedos no braço da capitã, e o silêncio confortável preenchia o quarto.

Gabi se mexeu, e SN sentiu beijos suaves em seu braço. Era a camisa 10 deixando uma trilha de beijos que subia até seus lábios. Gabi se levantou um pouco para encarar seu amor, tocando de leve com o polegar nos lábios de SN, antes de avançar para um beijo suave e cheio de carinho.

Ficando por cima, SN colocou as mãos na cintura de Gabi, deslizando-as até o abdômen definido da jogadora. Com um sorriso travesso, Gabi continuou a beijar a mulher sob si, aprofundando o momento de intimidade e afeto.

- Você me faz tão feliz - Gabi murmurou entre os beijos, olhando nos olhos de SN.

SN sorriu, seus olhos brilhando com ternura. - E você me faz sentir completa - ela respondeu, sua voz suave, mas carregada de emoção.

Gabi acariciou o rosto de SN, seus dedos traçando linhas suaves na pele macia. - Promete que vamos sempre ser honestas uma com a outra? Não quero que nada de confusão fique entre a gente.

- Eu prometo, - SN disse, sua voz firme e sincera. - Nada vai nos separar, Gabi.-

Gabi suspirou, relaxando nos braços de SN. - Eu te amo tanto - ela sussurrou, sua voz carregada de emoção.

- Eu também te amo, Gabi. - SN respondeu, seus lábios encontrando os de Gabi novamente em um beijo profundo, selando a promessa que acabavam de fazer.

GABI GUIMARAES, imaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora