Capítulo 16

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E non c'è vento che fermi,

La naturale potenza,

Dal punto giusto di vista,

Del vento senti l'ebrezza,

Con ali in cera alla schiena,

Ricercherò quell'altezza,

Se vuoi fermarmi ritenta,

Prova a tagliarmi la testa,

Perché...

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O som reverberante do violoncelo invadia seus canais auditivos, impregnando sua mente com cenas sangrentas.

Um mistura macabra de recordações e invenções de sua imaginação preenchiam sua mente enquanto divagava nos fones de ouvido. Rolava no computador uma página de um site, pesquisando por imagens de borboletas. Queria pintar um quadro para sua irmã.

No meio das imagens, uma propaganda sobre um site de jóias o chamou a atenção. Xiao Zhan encontrou um colar quase idêntico ao que He Peng lhe dera, e clicou sobre o anúncio.

A página mudou, mostrando maiores detalhes sobre o objeto. Não era uma peça tão cara, pois não era de ouro verdadeiro. Também parecia uma imagem mais imaginativa do que o verdadeiro símbolo da medicina.

A luz azulada da tela refletia em seus óculos, e quem olhasse de longe se perguntaria o que havia de tão interessante ali para que o médico ficasse vidrado.

Então a música em seus fones fora interrompida por um vibração do aparelho celular. A mensagem atraiu a atenção do médico e ele desligou o computador. Abrindo no aplicativo de mensagens, viu que era de um número desconhecido.

Reconheceu os últimos quatro dígitos, e percebeu que era o mesmo número que havia o ligado em outro dia. A mensagem era curta e bem direta, talvez direta demais.

Desconhecido: Se quiser seu colar de volta, pode buscá-lo no terminal de ônibus da rua Florestal. Lá, encontrará também um endereço. Você tem duas opções, Xiao Zhan: Pegue o seu cordão e finja que nada aconteceu, ou descubra o que realmente aconteceu dia 29 de julho.

Aquela era a data de aniversário da morte de He Peng. Isso o assombrou durante longos minutos que permaneceu observando aquela mensagem.

Estava em um transe, completa e unicamente absorto pelo choque de adrenalina que o invadiu. Uma parte de si se perguntava se aquilo era real, ou se ele acordaria em sua cadeira de balanço a beira da casa do lago em que passava as férias com seu marido.

A outra, o instigava a responder aquela mensagem com outra pergunta, e foi o lado que venceu.

Xiao Zhan: Quem é você? E por quê está devolvendo apenas o colar?

Seus pelos se arrepiavam ao encarar a velocidade com que a palavra digitando apareceu abaixo da foto de um boneco branco no contato.

Desconhecido: Ele é minha chave para chegar até você, e a sua para chegar até mim. E... bem, prometi ao cara que te roubou que ele poderia ficar com o resto. Mas recuperei sua indentidade. Estará junto do colar, eu prometo.

Xiao Zhan: Não vou te agradecer por isso. E você não respondeu minha primeira pergunta.

Depois da última mensagem de texto, o sujeito do outro lado parecia ter desaparecido. Não havia mais qualquer sinal de que ele responderia mais alguma coisa.

Hearts and Shots - YizhanOnde histórias criam vida. Descubra agora