Something to say | FayeYoko

Capítulo 5 - O karaoke

– Parabéns pela vitória! – disse Yoko ao entregar o café a Faye na segunda-feira após os GLAADs.

– Obrigada. Está tudo certo para sexta-feira?

Yoko nunca tinha visto Faye fazer nada com um elogio, exceto ignorá-lo. Ela seguiu a chefe até seu escritório.

– Tudo está marcado para sexta-feira, sim. Exceto as confirmações de presença de última hora, que os farei rastejar antes de dizerem que ainda podem vir.

Isso fez Faye sorrir levemente enquanto se sentava em sua mesa e abria seu laptop.

– Gostaria de ver uma lista de músicas para karaokê? – Yoko perguntou. – Então você pode praticar com antecedência?

Faye riu. – Boa tentativa.

Karaokê era a parte favorita de Yoko em todas as festas de encerramento, mas Faye nunca cantava.

– Tenho um novo parceiro de dueto este ano. – disse Yoko. – Você não vai querer perder.

– Você vai levar alguém? – Faye perguntou olhando para Yoko, ​​com a testa franzida.

– Eu vou! Minha irmã vai chegar mais cedo para entregar as sobremesas da padaria dela, e então ela vai se trocar e voltar como minha parceira de canto.

As rugas na testa de Faye suavizaram. Yoko se perguntou se a chefe pensava que ela levaria um acompanhante – não que isso teria acabado com os rumores: o que acontecia nas festas de encerramento ficava nas festas de encerramento. Parte do planejamento da festa era garantir que não haveria paparazzi por perto. Isso era uma necessidade quando você tinha um open bar e não tinha horário para ligações pela manhã.

– Você vai levar alguém? – Yoko perguntou.

– Alguma vez eu levei?

Yoko sorriu. – Há uma chance de que nos últimos anos eu tenha estado muito ocupada com o karaokê para perceber sua situação no encontro. – Nos últimos anos, as festas de encerramento eram mais fáceis. Ela era assistente de adereços na época, não tinha responsabilidade pela festa. Ela simplesmente apareceu, ficou bêbada e cantou. Este ano, mesmo com a responsabilidade adicional, ela estava ansiosa pela semana. Seria mais silencioso e menos estressante depois de semanas de reescritas e refilmagens e de luta para deixar tudo perfeito para o final.

– Não levo acompanhantes para festas de encerramento e não participo de karaokê. – disse Faye.

– Alguém já lhe disse que você não é muito divertida? – Yoko brincou.

– Pra você saber, meu sobrinho de cinco anos me disse que eu era a mais legal.

– Oh, bem, então você nunca me ouvirá discordar de uma criança de cinco anos. – Yoko riu.

– Eles são seus colegas, não são? – Faye perguntou, uma sobrancelha arqueada e os cantos da boca curvados.

– Você realmente quer começar piadas sobre idade, chefe?

Faye riu e acenou para ela. Yoko voltou para sua mesa com um sorriso no rosto.

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O restaurante que alugaram para a festa de encerramento era um bar na cobertura, decorado com luzes cintilantes. O karaokê era dentro do prédio e a maior parte da convivência era lá fora, sob um céu noturno embotado pela poluição luminosa.

Yoko tinha que ter certeza de que tudo estava em ordem: comida, bebidas, segurança, entretenimento. Foi a primeira festa de encerramento que ela planejou. Ela queria que fosse perfeito. Neko finalmente a impediu de explicar a compra de ingressos para os seguranças pela terceira vez.