12- Me deixa ter você.

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BELLA ACORDOU com o celular vibrando debaixo do seu travesseiro e soltando um suspiro frustrado por ter sido bruscamente acordada, ela procurou o celular com a mão.
Ainda de olhos fechados, ela atendeu a ligação de quem quer que fosse.

- Sim? - Sua voz saiu grogue devido ao sono que sentia.

- Bella? Está ocupada? - Bella reconheceu a voz de Sabrina rapidamente.

- Brina? Aconteceu algo? - Bella perguntou, preocupada. - Pietro está bem?

- Está tudo bem, Bella. O problema é comigo mesmo. - Bella franziu o cenho ao ouvir sua meia-irmã fungar. Ela estava chorando? - Eu estou escondendo algo terrível e não posso contar para mais ninguém.

- Espere um minuto, Sabrina. - Bella olhou ao redor, estranhando o silêncio no quarto e se levantou, indo ao banheiro, notando que o cômodo estava vazio, o que significava que Sara havia saído. - Primeiro: não surte. Segundo: o que você está acontecendo? - Bella voltou para cama em seguida após escovar os dentes rapidamente enquanto ouvia Sabrina resmungar coisas incompreensíveis.

- Eu estou ficando com uma garota.

- Ah. - Bella suspirou pesadamente quando ouvir sua meia-irmã fungar mais alto, teve a certeza que ela estava chorando. - Sabrina, não precisa chorar. Não há nada de errado nisso...

- Tem, sim! Papai vai ficar furioso comigo, Bella.
- Bella sentiu o coração doer com as palavras de Sabrina e desejou estar no Brasil para poder dar todo o conforto que sua meia-irmã estava claramente precisando. - Você sabe.

"E como sei." Bella pensou; memórias da primeira vez que entrou em uma discussão com seu pai vindo à cabeça sem que pudesse evitar.

- Tudo pode ser resolvido com uma conversa, Brina.

- Não, não, Bella! Você não está entendendo!
- Sabrina exclamou, assustando Bella. - Quando você se assumiu, papai surtou, mas depois não ligou porque você não mora com ele e é adulta, ou seja, você não depende do papai. Eu, sim! Se ele me expulsar de casa, Bella? Para onde eu vou?

- Calma, Sabrina. Você pretende contar ao papai? - Bella sentiu vontade de revirar de olhos somente ao pensar na provável reação exagerada e traumatizante que seu pai teria se sequer sonhasse que sua princesinha - como ele sempre se referiu a Sabrina - estava beijando garotas por aí.

- Eu não sei o que fazer, Bella! Eu não quero contar, mas... Eu não sei. Está tudo tão confuso.

- Como assim, Sabrina?

- Eu gosto dela.

- Ah, Sabrina. - Bella escondeu o rosto na mão livre e soltou um suspiro. - Você tem certeza, meu bem?

- Ela me pediu em namoro. - Bella engasgou com a própria saliva e começou a tossir desesperadamente, assustando Sabrina. - Você está bem!?

- Sabrina, não. Você não pode nem pensar em namorar com essa garota, ok?

- Por que não?

- Porque você só tem 15 anos, Sabrina. - Bella respondeu, como se fosse óbvio. - Além do mais, você ainda não conversou com papai. Mas, me diz, há quanto tempo você e essa garota estão ficando?

- Vai fazer três meses, mas...

- E você só me diz agora, Sabrina!? - Bella se levantou automaticamente. Em um segundo, estava andando de um lado para o outro. - Não acredito nisso, Brina.

- Eu fiquei com medo! - Bella ouviu o clique na porta e virou-se, esperando ver Sara. No entanto, foi surpreendida com a figura de Rosamaria entrando no quarto. - Você não pode voltar antes? Eu preciso de você aqui, Bella.

𝐒𝐄𝐉𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐑𝐎𝐒𝐀𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐈𝐁𝐄𝐋𝐋𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora