14. Como seduzir um Assassino em Série

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Fritz esperava pela minha resposta, as chaves em mãos e os olhos fixos em mim

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Fritz esperava pela minha resposta, as chaves em mãos e os olhos fixos em mim.

- Aconselho a decidir logo, porque não garanto que Lorena esteja viva dentro das próximas horas. - avisou, me deixando mais apreensiva ainda.

- Como assim?

- Você viu o estado dela, não é dos melhores.

- Se eu ficar... garante que ela sobreviva??

- Claro, só tenho que ir logo cuidar dela. As feridas começaram a infeccionar.

Era abismal como ele tratava a vida de uma pessoa como se fosse nada. Eu ofeguei e meneei a cabeça em negativo, dando alguns passos pra trás como quem tenta escapar da pressão psicológica horrível.

- Então você é médico?

- Não consegui me formar, mas eu faço tudo o que um médico faz, sim.

- Então se garante que ficará tudo bem... Eu vou ficar. - decidi, sem total certeza do que fazia. - Por favor, não torture mais a gente.

Fritz guardou as chaves de volta no bolso e exibiu um sorriso satisfeito. Evitei olhar pra ele porque não queria chorar, era doloroso sacrificar minha chance de fuga por uma pessoa que esteve pouco se fodendo pra mim durante a vida toda.

- Você tem um coração bom. - afirmou. Segurou meu rosto com a mão direita e passou o polegar pela bochecha.

Se aproximou e eu fechei os olhos, temendo pelo o que viria. Ao fazer isso, algumas lágrimas silenciosas escorreram, e eu recebi um beijo sobre os lábios. De novo... Aquele beijo selado, dessa vez mais demorado. Pressionou a boca macia contra a minha. Eu estremeci com incontáveis calafrios estranhos. Assim que separou nossos lábios, eu abri os olhos novamente e o encontrei me encarando de perto, tão perto que nossas respirações se misturavam. Fritz uniu a testa na minha e sorriu, ainda segurando meu rosto.

- Farei sua permanência valer a pena.

Recebi seu hálito gelado e terno contra minha pele. Estava estática, com os neurônios derretendo enquanto tentava prever a próxima reação. A sensação era que ele me beijaria de verdade - um beijo de língua, e eu deduzi isso com medo, expectativa, ansiedade, pavor, paixão... Eram tantas aflições que somente esperei.

Contudo, esse beijo não veio, além do selinho recém dado. Ele se afastou e soltou meu rosto, me deixando assombrada com a maneira que me manipulava.

- Olha ali, querida. - apontou pro alto.

Eu segui seu indicador e avistei uma pequena câmera instalada no canto superior da parede, próxima do teto.

- É uma câmera, conectada no meu celular. - explicou e retirou o aparelho do bolso. Acionou algum aplicativo e me mostrou. Era a visão da câmera, onde se via exatamente a mesma sala, eu olhando para seu celular. - Vou te deixar aqui, pode comer a pipoca que preparei. Vou colocar seu filme favorito e em algumas horas retorno pra assistir com você.

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora