Eve e Jackson lutam para ficarem juntos. Lutam um pelo outro. Mas uma história mortal na mídia ameaça virar tudo de cabeça para baixo, e a paranoia de Jackson fica fora de controle. A única coisa que os mantém juntos é o calor que possuem entre os d...
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Olhei para a planilha na minha frente, mas meu foco não estava nela. Os meus pensamentos estavam todos baralhados e rodopiavam em confusão. Pensar direito não era mais uma característica minha, pelo que parecia. Entre pensar constantemente em Eve e querer estar perto dela, com essa teoria da sua possível traição? Eu estava ferrado. Eu a estava evitando há dias porque não confiava em mim mesmo perto dela. Não confiava que poderia manter as minhas mãos longe dela. Eu não confiava que seria capaz de me concentrar em qualquer coisa que ela estivesse dizendo.
E se ela trouxesse aquele plano da Richardson Regional à tona novamente, eu não tinha certeza se conseguiria manter as minhas armas, o que eu sabia que era certo e bom para minha empresa e para a Rider.
Eu queria Eve demais. Todas as noites, quando adormecia, ela estava lá, me beijando, me acariciando, abrindo bem as pernas para mim e me permitindo cair nela. Todas as manhãs, acariciava-me na sua memória, o tempo todo pensando em como isso não era bom o suficiente. Eu a queria muito, mas o problema era que não confiava nela.
Era uma combinação terrível e fatal que só levaria a coisas más se continuássemos a nos entregar ao que éramos.
A minha mente girava de uma coisa para outra. Pensamentos sobre Eve e o seu corpo giravam em pensamentos sobre ela e a sua traição. E quando pensei na sua traição, Jacqueline surgiu na minha mente. Soltei um suspiro enquanto me recostava no assento. Passei as mãos pelo rosto. Quando aquela mulher invadiu o meu escritório ontem, pegou-me completamente desprevenido. E ficou claro para mim que ela não pararia de me importunar até que eu cedesse ao que ela queria. Jacqueline sempre foi teimosa. Eu arriscaria um palpite de que ela era teimosa, persistente e tão manipuladora quanto eu poderia ser. O que significava que ela continuaria aparecendo até que sugasse de mim o que ela queria.
E o que ela queria era um investimento no seu novo canal na internet.
Fechei os olhos e revivi a reunião de ontem. Ela invadiu o meu escritório e trancou a porta antes que Tanner pudesse alcançá-la. Ela veio andando em direção à minha mesa, balançando os seus quadris inexistentes e liderando com aqueles enormes peitos falsos. Ela abriu o seu laptop e o colocou na minha mesa, então apertou a barra de espaço para iniciar um clipe do seu "programa", onde ela tagarelava sobre bobagens com o seu decote gigantesco na minha cara.
O seu programa não passava de um canal de fofocas sarcástico, cheio de rumores políticos sobre políticos no poder, celebridades que caíram em desgraça e ícones de reality shows que estavam fazendo papel de bobos. Os "intervalos comerciais" eram anúncios intercalados de bolsas e súplicas para curti-la nas suas outras contas nas redes sociais.
Foi indiferente, na melhor das hipóteses.
E foi a resposta que ela obteve que desencadeou a sua reação. Dei de ombros e disse que era um "clipe fofo", mas eu deveria saber que isso só alimentaria Jackie. Ela falou sobre o seu programa como se estivesse convencida de que poderia ganhar uma grande audiência com ele.
