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MIAMI, 10:09
15 DE JULHO

Quando se é uma jovem adolescente, quase adulta, e filha de celebridades, a mídia, fãs e outros esperam que você tome as decisões que eles desejam durante sua vida

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Quando se é uma jovem adolescente, quase adulta, e filha de celebridades, a mídia, fãs e outros esperam que você tome as decisões que eles desejam durante sua vida. E com Florência nunca foi diferente.

A garota que viveu diante dos holofotes, sendo amada pela torcida espanhola e talvez até odiada por outros torcedores; um sentimento estranho para ser direcionado a uma criança.

Quando a primeira mudança de time que ela presenciou com consciência aconteceu, grande parte da torcida, além de lamentar a perda de Messi, também lamentou a da pequena Flora, que foi criada no meio de todo aquele amor que apenas o Barcelona poderia proporcionar.

Vídeos dela chorando junto com a torcida em jogos decisivos, cantando, celebrando e sofrendo pelo time se tornaram eternos na internet, e pelo menos uma vez no mês algum torcedor os revive em algum aplicativo.

Às vezes a garota se pegava pensando em como seria melhor sua vida se seu pai nunca tivesse saído de lá. A situação da garota era totalmente diferente na França; os apoiadores do PSG deixaram declarações de ódio para a jovem assim que Messi foi anunciado no clube e trouxeram do passado vídeos onde ela insultava o time na infância e pré-adolescência.

Com o passar dos anos, Messi e Antonella preferiram privar a filha de tamanha exposição na torcida, após as pessoas começarem a levar os insultos que ela soltava na hora da emoção a sério. Mas isso não diminuiu o amor da torcida.

E agora, em Miami, onde todos respeitam imensamente sua família e a história de seu pai, a garota não consegue se alegrar ou se contentar com a nova vida que vive.

Egoísta.

Essa é o adjetivo que roda a cabeça da jovem desde que decidiu se opor à ida para o clube americano. Como uma garota de 18 anos, filha do jogador que foi sete vezes considerado o melhor do mundo, com uma fortuna que o mundo desejaria ter e que tem fama consegue ser tão egoísta.

Antonella queria uma vida calma para seus filhos agora que a carreira do marido, infelizmente, dava início ao fim, mas esqueceu que sua garotinha já não é mais criança e está no ápice de sua vida. O que ela menos precisa é morar em um lugar calmo em que a única coisa a se fazer, além de presenciar jogos e acompanhar os irmãos nos mais diversos jogos que eles começaram a ter.

Florência queria poder ser uma jovem “normal”, desejava poder sair à noite com as amigas e voltar apenas de madrugada, poder postar nas redes sociais tudo o que deseja sem milhares de pessoas ditarem se aquilo era certo ou não, namorar garotos sem medo deles a enganarem apenas para se aproximarem de seu pai, ou talvez pelo menos ter alguma amiga fiel além de Marcela.

Egoísta, fútil e dramática.

Era como Florência se sentia e se intitulava sempre.

𝐅𝐚𝐥𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐢𝐧 𝐥𝐨𝐯𝐞 - Jobe Bellingham Onde histórias criam vida. Descubra agora