Capítulo 11 - Perda inesperada (+18)

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Pov Yoongi

E o milagre que eu tanto queria aconteceu. No meio da noite, enquanto eu chamava e gritava por ela, desesperado para tê-la de volta, ela apareceu.

A fé que eu não tinha a trouxe pra mim de alguma forma.

E depois de tê-la e amá-la durante toda a noite, ela dormia serena em meus braços, aninhada em meu peito com suas costas delicadas.

A mulher que eu amo. A mulher que eu sempre amei.

Eu certamente não era o homem mais delicado e romântico; não era poético e sensível como ela. Ainda assim, o meu amor por ela era incondicional. Por ela, eu faria toda e qualquer coisa. Por ela, eu daria a minha vida. Sem pensar duas vezes.

E sentindo o cheiro perfumado de seus cabelos enquanto eu a abraçava e a mantinha colada a mim, me permiti relaxar em um sono, embalado pelo calor de seu corpo.

De repente, ouvi barulhos de gritos e de objetos sendo quebrados.

Sn gritava e chorava, tentando impedir que me levassem, mas as mãos que me carregavam eram mais ágeis e a afastavam de mim.

Senti meu coração apertado ao ver que iriam nos separar mais uma vez; porém, nenhuma opção eu tinha. Eu precisava protegê-la. E eu iria fazer isso a todo custo.

Então, em meio a escuridão, a voz dela me salva. Assim como já me salvou tantas outras vezes.

Yoongi! Yoongi, acorda!

E eu abro os olhos, dando de cara com o seu rosto olhando o meu. Nada se comparava a acordar com ela ao meu lado; mesmo que fosse depois de um sonho ruim.

— Você está suando frio — Ela passa a mão pelos meus cabelos molhados, se apoiando em meu peito — E estava gritando. Teve um pesadelo?

— Acho que sim — Seguro sua mão e a coloco sobre minha bochecha, deixando um beijo na lateral de sua palma — Mas você está aqui. Mais uma vez.

— Sempre estarei — Então ela se deita sobre mim por debaixo dos lençóis e apoia seu queixo em meu peito — Com o que estava sonhando?

— Não importa — Passo minhas mãos ao redor de suas costas e a aconchego a mim, sentindo sua pele — O que importa é ter você aqui.

Não havia lugar mais seguro do que ela.

Ela acaricia meu rosto quente com sua mão relativamente fria; eu amava o nosso contraste. Ela apagava a minha chama quando eu incendiava e eu a aquecia quando ela esfriava. O calor e o frio; dois opostos que, de alguma forma, se complementavam. Juntos, nós éramos a peça que faltava.

— Você já sofreu tanto — Ela de repente diz, me olhando com os olhos tristes — Por que nunca me contou a verdade?

— Não queria que ficasse comigo por pena — Respondo sério, sentindo meu corpo enrijecer — Queria que ficasse comigo por sentir vontade. Queria que me desejasse.

— Na verdade, você fez com que eu te odiasse — Um sorriso se abre em seu rosto ao lembrar do nosso passado não tão distante — Mas agora o que eu sinto é o oposto. Eu gosto quando se abre comigo.

E ela era a única que conseguia fazer com que eu me abrisse.

— Não sou tão bom nisso quanto você — Respondo sincero, e ela me olha atenta — Mas posso tentar.

— Eu vou te ajudar — Então ela desfaz nossa posição e se senta em meu colo, passando seus braços em volta de meu pescoço — Vou te dar o  carinho e cuidado que você merece.

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