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— Rosa, sabe que você é a mais linda desse time, né? — Flávia grunhiu com uma voz arrastada, tentando parecer sedutora, mas claramente bêbada, tropeçando nos próprios pés e se apoiando no balcão para não cair de cara no chão

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— Rosa, sabe que você é a mais linda desse time, né? — Flávia grunhiu com uma voz arrastada, tentando parecer sedutora, mas claramente bêbada, tropeçando nos próprios pés e se apoiando no balcão para não cair de cara no chão.

Rosamaria, que estava ao seu lado, não conseguia segurar a risada. Tentando ao máximo segurar a menor pelo braço, tentando impedir que a amiga se esparramasse no chão. 

 — Calma aí, campeã! — Gargalhou. — Se continuar assim, você vai acabar beijando o chão antes da noite acabar. 

 — Beijar o chão? Eu prefiro beijar... — Flávia começou a frase, mas logo começou a rir, esquecendo o que ia dizer. 

Eu observava a cena, tentando não rir também, mas logo suspirei, percebendo que Flávia estava se tornando um desafio a mais para a noite. Me aproximei, colocando a mão no ombro dela.

— Flávia, acho que está na hora de parar um pouquinho com a bebida — sugeri, tentando soar o mais gentil possível enquanto segurava a loira, que estava tão mole quanto um macarrão na água quente.

— Não estou bebendo, estou degustando — Flávia respondeu com uma seriedade cômica antes de virar com tudo um copo de vodca com uma careta exagerada.

— Não tente bancar a mamãe, Bequinha. Você e a Gabis estavam quase se comendo com os olhos e ninguém falou nada. — completou, soltando uma risadinha travessa.

Gabi, que estava ao meu lado, se engasgou com a bebida, enquanto eu sentia meu rosto esquentar. Respirei fundo, tentando manter a compostura. Flávia bêbada era um livro aberto, e qualquer palavra errada poderia fazer com que ela soltasse as piores vergonhas que eu já passei na vida.

— Flávia! — repreendi, sem saber se ria ou se escondia, tentando evitar que ela continuasse.

— O quê? Eu estou errada agora? — Retrucou, fazendo um beicinho exagerado, os olhos semicerrados como se tentasse me desafiar. Sua voz estava arrastada, e ela se balançava um pouco, mas ainda conseguiu me encarar com uma expressão acusadora, como se estivesse realmente ofendida.

— Não, Flávia, não é isso... — tentei me justificar, sentindo as bochechas queimarem ainda mais. — Só que... você sabe como fica quando bebe demais.

— Eu fico honesta! — ela declarou, erguendo o copo vazio como se fosse um troféu. — E você, Bequinha, precisa ouvir umas verdades de vez em quando! — Ela apontou o dedo ma minha cara, a seriedade em sua voz destoando completamente da maneira como seu corpo cambaleava.

Gabriela, ainda ao meu lado, soltou uma risadinha, claramente se divertindo com a situação. Eu, por outro lado, estava dividida entre a vontade de rir e o desejo de desaparecer.

— E que verdades são essas, Flávia? — A Capitã perguntou, entrando na brincadeira, mas lançando um olhar cúmplice para mim, como se soubesse que aquilo poderia se tornar interessante.

ᴀʟᴇᴍ ᴅᴀ ǫᴜᴀᴅʀᴀ - shortficOnde histórias criam vida. Descubra agora