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ᵍᵃᵇᶦGUIMARÃES+ ʳᵉᵇᵉᶜᵃANDRADE
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Rebeca se sentia presa entre barreiras desde seu segundo ouro pelo país que tanto amava, a mídia e sua até então amiga, Simone Biles, pareciam não abandonar sua sombra.
Até que, após uma noite memorável em um s...
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Existiam coisas piores, com certeza poderiam existir. Mas nada era pior do que escutar Simone Biles falar de si mesma por vinte minutos, se vangloriando como nunca. O entusiasmo por suas conquistas era contagiante, mas o tempo parecia se arrastar enquanto ela detalhava cada medalha e cada rotina de treino com uma energia que me deixava cansada.
Simone estava no meio de um discurso sobre sua preparação para a próxima competição quando eu vi a oportunidade perfeita de escapar.
— Simone, essa conversa foi realmente inspiradora, mas preciso te contar uma coisa — falei, forçando um tom de empolgação. — Eu tenho um compromisso importante que não posso adiar.
O sorriso da Americana caiu, mas ela escondeu tão bem que jurei que realmente estava tudo bem.
— Ah, claro, sem problemas — Murmurou após bebericar uma gota de café, o líquido sendo usado para ajudar a engolir o nó em sua garganta — Até os treinos, então.
[...]
Eu estava me sentindo mal no começo, até ver Gabi atacar uma bola fenomenal no canto da quadra, tornando impossível para Júlia pegar. O impacto da bola e a precisão do golpe me deixaram boquiaberta. A sensação de frustração e o cansaço da conversa com Simone começaram a desaparecer à medida que assistia aquele espetáculo.
Me aproximei da arquibancada, sendo recebida por um sorriso enorme de Flávia.
— Desistiu da americana? Ou melhor, percebeu como ela é sem sal? — Flávia provocou.
— Eu não diria que Simone é sem sal, mas é definitivamente um pouco entediante às vezes — respondi, sorrindo enquanto me sentava ao seu lado.
— Você chegou bem na hora certa. A Gabi tá arrasando hoje — Flavinha comentou, claramente empolgada. — Olha só, já são duas defesas seguidas e ela tá dominando o jogo.
— Desde quando você sabe algo sobre um jogo de vôlei? — Provoquei, empurrando levemente seu ombro, escutando sua risadinha
— Preciso aprender algo já que vou ser a madrinha de casamento da capitã? — Sua resposta me fez franzir a sobrancelha, pensando um pouquinho
—Oque? A Gabi vai casar? — Questionei, sentindo a voz escapar de meus pulmões por algum segundos, aí meus Deus, ela havia voltado com a Sheila? Ela iria casar?
— Ah, você não ainda foi pedida? Ops, estraguei a surpresa —Flavia segurou a risada e logo meu rosto voltou a tonalidade normal, pelo menos parcialmente, já que minhas bochechas ficaram totalmente vermelhas.
— Vai se foder — Rosnei desviando o olhar, voltando a encarar Gabi, que agora Sacava
— Vai você, você é quem tá precisando.
Revirei os olhos tão rudemente que não sei como meus globos oculares não entraram para dentro da minha cabeça.
— Ei! Eu vi isso! — Flávia cutucou minha costela, me repreendendo.
