Capítulo 1

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O céu do Rio de Janeiro estava tingido de um laranja suave, indicando que já estava a anoitecer. Janja, exausta após uma semana de reuniões intensas em São Paulo, mal podia esperar para chegar em casa após o avião pousar. Como Consultora de negócios com especialização em marketing, seu trabalho exigia muito foco, o que a levava a ajudar grandes empresas. Era um trabalho que ela adora, mas também extremamente exaustivo. Naquela noite, tudo o que ela queria era o conforto do seu apartamento em Copacabana.

Assim que desembarcou, Janja pegou sua bagagem e chamou um táxi. O motorista, um senhor de idade com um sorriso simpático, puxou conversa enquanto dirigia.

— Viajando a trabalho, moça? — perguntou ele, manobrando o carro pelas ruas movimentadas do Rio. Pelas vestes de janja, era notável que todos sempre achassem que ela era empresaria ou alguém importante.

— Sim, acabei de voltar de São Paulo. Muita correria por lá — respondeu Janja, devolvendo o sorriso, embora não quisesse conversar muito.

— Deve ser cansativo, mas pelo menos você mora num lugar bonito — comentou o taxista. — Copacabana, né?

— Isso mesmo — Janja respondeu, já imaginando o alívio de estar em casa, abraçada com Thor, seu gato, e um bom vinho.

Quando o táxi parou em frente ao seu prédio, um edifício imponente com vista para a praia, Janja pagou o motorista, pegou suas malas e entrou no saguão. O porteiro, seu Francisco, a cumprimentou com um sorriso caloroso.

— Boa noite, dona Janja! Como foi a viagem? — ele perguntou, estendendo a mão para pegar uma das malas.

— Boa noite, seu Francisco. Foi tudo bem, mas estou exausta.

— Ah, temos um novo vizinho! Se mudou enquanto a senhora estava fora. Mora no apartamento em frente ao seu — comentou ele, casualmente, enquanto chamava o elevador para janja.

— Novo vizinho? — Janja repetiu, mais para si mesma. "Ótimo", pensou. "Só espero que seja alguém tranquilo".

— sim, gente boa, acho que a senhora vai gostar dele, ele pareceu ser bem tranquilo.

— tomara que seja mesmo — riu janja — já que sou eu que moro em frente a apartamento dele. Vou buscar o Thor com a dona Angela e finalmente subir — respondeu ela, mencionando a vizinha do terceiro andar que havia cuidado de seu gato durante sua ausência.

Seu Francisco assentiu, e Janja entrou no elevador, apertando o botão do terceiro andar. Quando a porta se abriu, ela caminhou pelo corredor até o apartamento da dona Angela, uma senhorinha que morava sozinha e era conhecida por ser extremamente gentil com os vizinhos.

— Boa noite, dona Angela! — Janja chamou ao bater levemente na porta.

A porta se abriu quase imediatamente, revelando a pequena figura de Angela, que sorriu calorosamente ao ver Janja.

— Janja, querida! Como foi a viagem? — perguntou a senhorinha, enquanto se afastava para deixar Janja entrar.

— Cansativa, mas tudo correu bem. Obrigada por cuidar do Thor, dona Angela. Ele deu muito trabalho? — Janja perguntou, enquanto observava Thor se esfregando nas pernas da mulher.

— Imagina, querida. Ele é um anjo, só um pouquinho manhoso — respondeu acariciando a cabeça do gato. — E ele adora ficar no meu colo enquanto eu assisto TV.

Janja sorriu, aliviada.

— Eu realmente agradeço. É bom saber que ele ficou em boas mãos. Da próxima vez, trago algo especial para a senhora.

— Não precisa, querida. Foi um prazer. E não se esqueça de que estou sempre aqui se precisar — disse dona Angela , entregando Thor para Janja.

— Pode deixar. Muito obrigada de novo — Janja respondeu, se inclinando para dar um pequeno abraço na senhorinha.

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