Entre Mundos & Desejos

Cap 1: O sonho

— Então, pessoas que se sentiam anormais filha, elas sonhavam com esse mundo mágico– diz um homem para a pequena Amirah de 6 anos.
  Eu escutava atentamente o que o meu pai, Rhett Vanderawaall, um homem rico e cheio de negócios que tinha apenas uma única filha, a pequena Amirah. Enquanto estou aconchegada na cama, enrolada nas macias e confortáveis mantas, e abraçada com um bichinho de pelúcia de ovelha, um presente especial da mãe antes dela sumir.
—Papai...–susurra quieta.
— Sim pequena? – Rhett olha atentamente para ela com um brilho de afeição e paternidade nos olhos.
  Aperta o aperto, que esta envolta do bichinho de pelúcia enquanto está abraçada com a pelúcia de ovelha e olhando pra ele, com aqueles olhos castanhos como um mel grandes e brilhantes, cheios de vida.
— A mamãe ela já foi para aquele mundo papai?– pergunta curiosa.
  Rhett olha pra filha, Amirah, com os olhos cheios de nostalgia e saudade de sua esposa. Ele olhava pra sua filha e via a sua esposa ali, Mary, olhando pra ele com os mesmos olhos grandes e brilhantes como os da filha. Olhava e via ela como uma cópia exata de Mary, com a mesma curiosidade, gentileza, beleza e um coração de ouro igual ao da esposa.
— A sua mãe ela...– ele suspira com o coração apertado – Ela já foi para aquele mundo e é uma pessoa maravilhosa...fantástica e única filha, uma mulher que ver bondade em tudo...assim como você pequena...algo que eu admiro muito em vocês duas – ele sussurra com uma voz rouca mas também triste.
  Olhando pra ele quieta e pensativa, enquanto escutava as palavras de nostalgia e saudades dele, e percebe que ela, sua mãe Mary, é uma pessoa muito importante e especial para ele...e também para si mesma. E fica cada vez mais curiosa e feliz por ouvir um pouco sobre a própria mãe, e no fundo...queria que ela estivesse aqui, para conhecer um pouco sua própria mãe.
— Pai...– sussurra tristemente.
— O que foi Amirah? – Rhett pergunta a filha.
  Olha para o pai levemente e encontra os olhos dele, uma cor escura que parecia um breu, tão negros quanto um céu sem estrelas. Enquanto olhava, se formava de leve lágrimas nos olhos, enquanto pensava na mãe.
— A mamãe ela...– funga o nariz – ela me ama? – pergunta murmurrando triste e com os olhos cheios de lágrimas, tristeza...e saudades, mesmo não conhecendo ela.
  Rhett olha pra filha e encara os olhinhos dela que estão cheios de lágrimas. Aqueles olhinhos castanhos dela, cercados por um anel verde e dourado neles. Embora comuns só de olhar pra eles, possuem um brilho único, como mel dourado.
— Ela te ama...e muito – ele afirma – Ela faria qualquer coisa por você minha pequena...até mesmo enfrentar o diabo minha filha.
  Surpresa com a afirmação dele e fica olhando pra eles com os olhos cheios de lágrimas, mas depois enxuga elas com as mãos.
— Hora de dormir pequena – ele comenta enquanto ajeita ela na cama para dormir.
  Se aconchega na cama e nas mantas e olha pra ele antes dele sair.
— Como é o nome desse mundo que nem na história papai? – pergunta curiosa com os olhos cheios de sono.
— Ele se chama...Neanderthal– ele menciona.
— E como chega lá? – confessa querendo saber mais.
   Ele olha pra ela e rir levemente com a curiosidade e fofura dela de criança.
— Pessoas com um coração grande e cheios de gentileza, que nem o seu minha pequena filha, onde os contos de fadas...– ele explica e para um pouco pensativo – Eles existem, mas são para poucos, só aqueles com esse tipo de coração merecem pequena, como voce – ele finaliza com um sorriso pequeno.
  Fica pensativa com oque ele diz e confusa, já que ainda não entende muito essas palavras saindo da boca de um adulto.
— Quando crescer...você vai entender melhor oque eu disse minha filha – Rhett afirma – Dorme com os anjos – ele beija a testa dela, apaga as luzes do quarto, deixando apenas a luminária acesa e deixa ela dormindo.
  Enquanto está deitada na cama e aconchegada e olhando pro teto do quarto, fica pensando nisso tudo, mas também percebe algo.
Contos de fadas são reais.
Mas...
São apenas para os escolhidos...os merecedores.
Já o outro lado...
Estão condenados a sonhar e desejar um felizes para sempre que nunca e nem perto vão ter.