𝟢𝟦. 𝖼𝖺𝗅𝖾𝖻 𝗁𝖺𝗐𝗄

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Uma camiseta azul marinha caída no ombro sobreposta em um sutiã preto e calça jeans escura de cintura baixa foi o que Nora me preparou

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Uma camiseta azul marinha caída no ombro sobreposta em um sutiã preto e calça jeans escura de cintura baixa foi o que Nora me preparou. Eu nem sabia que tinha essas roupas no guarda-roupa e mesmo que lembrasse, não teria a capacidade de unificar tão precisamente as peças. Meu cabelo estava solto, caía um pouco mais abaixo da altura dos seios. Era o suficiente, eu me sentia bonita daquela forma, então não deixei que me maquiassem, apesar da insistência.

Nora e Julie foram comigo até o centro de Forks, que pasmem, tinha coisas legais para fazer durante a noite, como bares, lojinhas de fundo de estabelecimentos que vendiam drinks diferentes, estúdios de tatuagens e etc. Estacionei em uma rua vazia próxima ao cinema uns dez minutos depois do horário combinado com os meninos e saímos de encontro à eles em frente ao local.

— Compramos os ingressos de vocês, já sabíamos que iriam atrasar. — Caleb se aproximou, entregando o meu ticket com um sorriso bobo esboçado. Eu sentia que me caçoavam mentalmente por estar tão arrumada, talvez aquela não fosse a ocasião.

— Que cara é essa? Tô muito exagerada? — Eu e Caleb íamos andando logo atrás, seguindo os demais para dentro da sala.

— Não... Você tá bonita. — Reiterou sem conseguir olhar para mim. Suas bochechas coraram.

Não pude deixar que meus lábios formassem um riso tímido. Caleb era bastante barulhento e tirava a minha paz, mas desde que nos conhecemos, percebi que gostava de ouvir sua voz, ela parecia silenciar todo o barulho que carrego em mim. Hawk me confortava com seu sorriso infantil e marcas de expressão que externavam suas emoções.

O filme de zumbis sangrentos parecia não acabar nunca, e eu e o garoto de olhos escuríssimos já estávamos quase nos difundindo na cadeira, entediados com o plot horrível que passava na tela grande. As pipocas e refrigerantes já haviam acabado e parecia que apenas eu e Caleb odiamos a escolha. Fala sério, zumbis? Não tinha nenhum filme mais patético?

— Daqui a pouco, vou virar parte da poltrona. — Murmurei próxima ao rapaz, respirando fundo.

— Esse foi o pior filme que já me obrigaram a ver na vida. — Respondeu ele, enrugando o nariz anguloso.

— Quer ir embora?

O garoto assentiu, aproveitando que estávamos nas últimas cadeiras da ponta para sairmos de fininho sem que os outros vissem. Nos retiramos do estabelecimento, iniciando uma caminhada pela avenida.

— O que tem pra fazer aqui durante a noite fora os bares? — Questionei curiosa, colocando as mãos dentro dos bolsos traseiros da minha calça.

— Ah, as meninas já devem ter comentado das lojas noturnas que vendem drinks e várias outras coisas, se você quiser, podemos ir dar uma olhada.

— Eu quero sim... mas não bebo, seria pela curiosidade.

Nossos ombros estavam se tocando enquanto andávamos e eu me sentia segura andando na rua quase vazia ao seu lado. Ele era bem mais alto que eu e seu físico era atlético, mesmo que sempre coberto por roupas largas. Algumas ainda eram capazes de reforçar com maestria seus músculos avantajados, incomum para um rapaz que acabara de fazer dezoito anos.

Entramos em uma das lojas e confesso ter me surpreendido com o ambiente. Era grande, com a iluminação bem baixa, muitos frigobares com bebidas e no fundo, um bar hostil.

— Me sinto em sete além... — Murmurei sem querer, pensando alto demais.

— Vocês eram as duas últimas pessoas que eu imaginaria ver aqui. — Virei para trás, seguindo aquela voz familiar que atormentava meus ouvidos.

Era Jacob, acompanhado de Embry e Paul. Ele estava com um casaco marrom escuro, camiseta preta e calça jeans escura. Muito bonito, por sinal.

— Não deveria estar treinando para as seletivas amanhã? Aliás, treinando pra sabotar o Caleb de novo? — Indaguei com os braços cruzados.

— O que foi que você saiu falando pra ela? — Jacob cresceu o tom da voz para Hawk, mas eu não permitiria.

— Ele não me disse nada! — O empurrei de volta para onde estava e puxei Caleb pela manga da camiseta para fora da conveniência.

— Fala sério, por que você não rebate? Por que deixa que eles fiquem te perturbando? — Questionei o garoto de pele clara e pintas no rosto, que claramente não sabia o que me responder.

— Já viu como esses caras são? Se eu rebater, saio com um olho roxo.

— Não vou deixar eles te machucarem. Não mais.

Retirei um cílio da bochecha dele e fiz um beicinho indignado. Caleb agora era meu amigo, então eu me sentia na obrigação de protegê-lo de quaisquer pessoas que ousassem lhe fazer mal. Meu senso de justiça falava um pouco mais alto que a minha noção.

Voltamos para o cinema e deixei cada um em sua residência como uma boa amiga. Já era tarde, então entrei em silêncio em casa para não acordar Kate, que deveria estar cansada da quantidade de exames em um só dia. Subi as escadas e me direcionei ao meu quarto, onde acendi as luzes e passei as mãos em minhas madeixas desalinhadas.

— Que dia...

Respirei fundo até ouvir um barulho na minha janela. Por um momento, imaginei ter sido Caleb, já que isso havia ocorrido outra vez. Mas me surpreendi ao puxar a cortina e dar de cara com Jacob.

— Jacob? — Abri a janela e deixei que entrasse. — Vem cá, ninguém aqui costuma usar a porta ou a campainha?

Ele me olhou confuso, então balancei a cabeça e cruzei os braços, inconformada com a sua presença.

— O que faz aqui?

𝐏𝐀𝐑𝐀𝐃𝐈𝐒𝐄 | Jacob Black Onde histórias criam vida. Descubra agora