𝑪omo eu te digo? - ᶜʰᶦʳᶦᵖᵉ

05. na luz do luar.

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𝗊ᥙᥲr𝗍ᥲ

- An?! Chip, você bebeu. - Olhei para o lado, encarando Thales com uma cara surpresa bem evidente.

- Não, eu estou totalmente sóbrio. - Riu. - Pode perguntar para qualquer um, todos vão afirmar minhas palavras.

Ele realmente parecia sóbrio, não enrolava nas palavras, não fedia a álcool e muito menos estava chato, como acontece várias vezes quando o Ligonz bebe, pelo menos com ele é assim.

- A proposta é simples. - Chip me encara, olhando no fundo dos meus olhos. - Você economiza 100 reais, e vai ser meu primeiro beijo.

Primeiro...

BEIJO?

Ah não, ele acha que eu sou otário?

Gargalhei alto com aquilo, colocando uma das mãos na boca tentando segurar o riso.

- Você NUNCA beijou?! - Perguntei desconfiado. - O garoto mais desejado pelas garotas... Nunca... Nem beijou?

- Porra. Vai me zuar por isso também?! - Revirou os olhos. - Vou deixar você perder 100 reais então.

- Isso é loucura. Primeiro, você nunca ter beijado é estranho... Quase 19 anos nas costas. Segundo, se você quer me beijar, fale logo. - Falei rindo, TOTALMENTE nervoso.

Não é sempre que surge uma oportunidade de beijar Thales Biancolino Pingo na luz da noite.

- Ah é? E se eu quiser mesmo? - Ele se aproximou rindo.

PUTA.

QUE.

PARIU.

Senti minha barriga com borboletas, minhas bochechas queimando, minhas pernas tremendo, o vento levemente "forte" passando pelo meu cabelo e o do Chip, minha mão tremer e principalmente, meu coração acelerar com o seu tipico sorrisinho.

- Você é maluco. - Me virei totalmente de frente para ele, pegando nas suas bochechas e aproximando nossos rostos. - Isso fica entre a gente.

Nossos lábios se tocaram como uma dança lenta, enquanto uma música pop qualquer ecoava lá dentro e as luzes coloridas piscavam em nossos rostos. Eu estava beijando Thales Biancolino Pingo.

Beijar ele é verdadeiramente o paraíso... Será mesmo que ele nunca beijou ou isso foi um papo furado?

- Isso não vai nos tornar estranhos, vai? - Perguntei.

Chip, respirando com dificuldade, negou agarrando minha nuca para continuar o beijo.

- Não vai.

Ele disse.

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