**Capítulo 8 (Continuação):**
Finalmente, a porta foi empurrada lentamente, e uma figura apareceu. Mas não era uma criatura; era um homem, visivelmente ferido e exausto. Ele usava uma roupa de laboratório rasgada e suja, com manchas de sangue seco nas mangas. Seus olhos estavam fundos, e ele parecia à beira do colapso.
Michael abaixou a pistola lentamente, mas manteve-se alerta. "Quem é você?" ele perguntou, sua voz baixa e firme.
O homem piscou várias vezes, como se tentasse focar em Michael e os outros. "Eu... eu sou o Dr. César," respondeu ele, sua voz fraca. "Trabalhava aqui... antes de tudo isso acontecer."
Alice se aproximou cautelosamente, mantendo a mão na pistola. "Você está machucado. Deixe-me ver seus ferimentos."
O Dr. César acenou com a cabeça, claramente aliviado por ver outros seres humanos. Ele entrou na sala e se apoiou em uma das mesas enquanto Alice inspecionava seus ferimentos. Havia cortes profundos em seu braço e ombro, provavelmente causados durante algum tipo de luta.
"O que aconteceu aqui?" perguntou Michael, enquanto Alice trabalhava para limpar e enfaixar os cortes do médico.
O Dr. César suspirou profundamente, sua expressão se tornando sombria. "Foi... tudo muito rápido. Estávamos estudando um surto, algo que nunca havíamos visto antes. Pacientes começaram a chegar com sintomas estranhos, e antes que percebêssemos, o hospital estava sendo invadido por essas... criaturas."
Silva franziu a testa, interessado. "Você mencionou um surto. O que exatamente vocês descobriram?"
O Dr. César olhou para Michael e Silva, sua expressão revelando uma mistura de culpa e medo. "O que vimos foi... um novo tipo de infecção, algo que parecia alterar as pessoas de uma maneira que nunca imaginamos. Eles começaram a se transformar em algo... não humano. Não conseguimos identificar a origem do surto, mas parecia estar ligado a um tipo de cristal que encontramos em um dos pacientes."
Michael trocou um olhar com Alice, lembrando-se da imagem que haviam visto no computador. "Você está falando sobre um cristal? Como o da imagem que encontramos nos arquivos?"
O Dr. César assentiu lentamente. "Sim. Esse cristal parecia pulsar com uma energia que não entendíamos. Mas conforme continuávamos a estudá-lo, as coisas começaram a piorar. Eu acho que, de alguma forma, ativamos algo... algo que não deveríamos ter tocado."
Alice terminou de enfaixar os ferimentos do Dr. César e se levantou. "Esse cristal... é o que causou tudo isso? O sistema de evolução, as criaturas, tudo?"
"Eu não sei ao certo," respondeu o médico, visivelmente abalado. "Mas o que posso dizer é que desde que começamos a trabalhar com ele, o mundo começou a mudar. Acho que o sistema que vocês estão mencionando está ligado a esse cristal de alguma forma. Talvez seja uma reação, ou talvez... seja algo que estava esperando para ser ativado."
Michael sentiu um frio na espinha ao ouvir as palavras do Dr. César. Se o sistema de evolução estava de alguma forma ligado a esse cristal, isso significava que eles estavam lidando com algo muito além de sua compreensão.
"O que fazemos agora?" perguntou Silva, olhando para Michael em busca de liderança.
Michael ficou em silêncio por um momento, processando tudo. "Precisamos sair daqui," disse ele finalmente. "Se esse cristal é a chave para tudo isso, precisamos encontrar um jeito de neutralizá-lo ou usá-lo a nosso favor."
O Dr. César assentiu, embora sua expressão mostrasse incerteza. "Eu posso ajudar... se conseguirmos encontrar o cristal, talvez eu possa descobrir uma maneira de interromper o que quer que esteja acontecendo."
"Você sabe onde o cristal está agora?" perguntou Alice.
"Sim," respondeu o Dr. César. "Estávamos mantendo-o em uma instalação de pesquisa fora da cidade. Mas com tudo o que aconteceu, não sei em que estado essa instalação está agora. Pode estar destruída... ou pior, pode ter sido tomada pelas criaturas."
Michael se levantou, sua expressão determinada. "Não temos escolha. Vamos até lá e ver o que conseguimos encontrar. Pode ser nossa única chance de descobrir a verdade e, talvez, de parar tudo isso."
Alice e Silva concordaram, e Michael ajudou o Dr. César a se levantar. O médico estava fraco, mas determinado a ajudar. Eles saíram da sala de administração e começaram a fazer seu caminho de volta para fora do hospital.
Enquanto caminhavam pelos corredores silenciosos, o Dr. César olhou para Michael, uma expressão grave em seu rosto. "Você e seus amigos... têm uma força incomum. Esse sistema de evolução... vocês estão usando para se tornarem mais fortes, certo?"
Michael assentiu. "Sim, é a única maneira de sobreviver. Mas não sabemos quem está por trás disso, ou por quê."
O Dr. César ficou pensativo por um momento. "Talvez... o sistema esteja testando vocês. Talvez ele esteja procurando por aqueles que são fortes o suficiente para sobreviver a este novo mundo. Mas para quê? Essa é a verdadeira pergunta."
Quando finalmente chegaram à entrada do hospital, o sol estava começando a nascer, lançando uma luz fraca e avermelhada sobre a cidade. As ruas ainda estavam desertas, mas o grupo sabia que não podiam baixar a guarda.
Michael olhou para o horizonte, tentando traçar mentalmente o caminho até a instalação de pesquisa mencionada pelo Dr. César. "Vamos nos mover rápido," disse ele. "Quanto mais cedo chegarmos lá, melhor."
Com o Dr. César liderando o caminho, o grupo começou a se mover pelas ruas, deixando o hospital para trás. Eles estavam indo em direção ao desconhecido, mas todos sabiam que o que quer que encontrassem poderia ser a chave para salvar o mundo... ou destruí-lo de vez.
E assim, com a missão clara em suas mentes, eles avançaram, prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse, sabendo que o destino do mundo poderia muito bem depender de suas ações.
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ascenção do último herói
Science Fiction**Título Provisório:** *"Ascensão do Último Herói"* **Gênero:** Fantasia Apocalíptica, LitRPG, Ação, Aventura **Resumo da Premissa:** No ano de 2045, a Terra é atingida por uma catástrofe global que altera drasticamente a realidade. Um evento mister...