17. Você é Minha

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A tensão emanava do corpo ensanguentado de Fritz

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A tensão emanava do corpo ensanguentado de Fritz. Ele estava vulnerável, pela primeira vez, e não havia o que fazer caso eu reagisse.

- Eu vou descer e chamar a polícia pelo rádio do homem que você matou. - ameacei.

- Não, não vai. - afirmou como se ainda tivesse controle de alguma coisa.

- Você realmente não vai me falar onde tá a chave do portão?? - cobrei inconformada que não me levasse a sério.

Os lábios dele se esticaram em um sorriso triste.

- Você entendeu o que eu acabei de falar? Se fugir, eu vou te caçar.

- Eu ouvi. Vou pagar pra ver. Me dá a chave pra sair ou vou chamar a polícia. - ameacei de novo.

Fritz me fitou com a testa franzida.

- Se realmente quisesse fugir, já teria me largado aqui.

Que filho da puta prepotente. Eu precisava agir de uma vez por todas.

- Faz sentido. Então, adeus. - revoltada, virei as costas e caminhei em direção à saída do quarto, com passos duros.

A cada passo, meu coração dava um solavanco. Ouvi alguns grunhidos, ele se apoiava precariamente no criado-mudo e se colocava de pé.

- Não faça isso, Chelsea. Você vai se arrepender depois... - ignorei. - Chelsea! Espera...

Parei na porta, quase no corredor e olhei pra ele. Se sustentava no móvel, com o abdômen contraído, impossibilitado de se esticar por inteiro.

- Tá determinada em me deixar? - perguntou com dificuldade, enfiando a mão no bolso e retirando um pequeno dispositivo com botão. Era o controle do porão da garagem. - Vem me entregar o meu celular, e eu te entrego o controle.

- Joga pra mim.

- Eu não vou te entregar enquanto não devolver meu celular, na minha mão.

Hesitei, exausta com seu domínio. O seu celular estava comigo, então era uma troca justa, embora eu não quisesse me aproximar. Mesmo incerta, dei alguns passos em sua direção e Fritz esticou o braço, para me dar o controle.

Mais alguns passos e parei à sua frente, recebi seu arfar pesado e instável. Em um segundo, me precipitei para pegar a merda do controle, mas Fritz levantou o braço antes e o tirou de meu alcance. Por ser muito alto, não tinha como pegar.

Encarei seus olhos verdes fundos, abismada. Havia o vulto de um sorriso insolente em seu semblante. Filho da puta! Me coloquei nas pontas dos pés para alcançar o dispositivo, e Fritz agiu.

Foi muito rápido, ele lançou o controle pra longe! Eu vi o pequeno aparelho voando pelo quarto. Em seguida, me agarrou. Senti os braços em volta da minha cintura, me segurou com uma força que eu desconhecia, a ponto de meus pés se soltarem do chão. Deu meia volta e se jogou comigo na cama. Um soluço entrecortado vibrou na minha garganta e quando me dei conta, estava caída ao colchão e ele prontamente se colocou em cima de mim. Só então ficou evidente que o miserável estava ótimo, apesar de recém baleado, o remédio fazia afeito e era tudo teatro pra parecer vulnerável.

SERÁ RETIRADO 10/12Onde histórias criam vida. Descubra agora