Capítulo 8

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Aemond

Suspirei resignado ao adentrar aquele salão barulhento e que cheirava a sangue, a feromônios e a fluidos sexuais.
Era realmente revoltante ter que me submeter a tais métodos, mas precisava de informações, as quais não conseguiria em lugares fáceis e de livre acesso, principalmente quando envolvia grandes pessoas e eram informações de fora do castelo.

Por isso tive que ir até o salão subterrâneo da fortaleza, onde os nobres tinham liberdades extremas para mostrar a verdadeira face cruel da realeza.

O sangue nobre era o mais doente.

— Príncipe herdeiro — saudou um dos nobres em uma exclamação animada e surpresa, vestindo suas roupas douradas e o símbolo em sua veste determinada sua posição e sua casa.

Lannister.

— Lannister — retribui o cumprimento com uma careta, tentando não ofendê-lo por agora.

Ele serviria para meu propósito.

— Nunca o vi por aqui... Venha, venha para as primeiras cadeiras para aproveitar o show da noite! — disse o alfa com um riso e o acompanhei enquanto observava ao redor e os rostos.

Todos que estavam ali eram de uma posição elevada na corte, seja nobres, conselheiros ou até mesmo membros distantes da realeza.

O intuito deste local era para profanação em massa, orgias e utilização de escravos.
Nunca tinha comparecido a tal local antes, mas tive relatos confiáveis do que acontecia, com quem e como.

Não querer o título de herdeiro não significava que eu tenha sido ignorante toda minha vida até agora.

O local fedia a tantas coisas que incomodavam meu olfato, além da iluminação ser quente e ter cores tão obscuras. Exceto os alfas, os escravos andavam ao lado de seus senhores com nenhuma vestimenta, exibindo seus corpos e membros.

Quero sair daqui.

— Lannister, soube que você é um dos maiores frequentadores dos bailes lunares — murmurei ao me sentar ao lado de alfa, junto aos outros que pareciam animados demais para me bajular naquele momento.

O que tinha à nossa frente era uma espécie de gaiola com uma única abertura, vazia, úmida e que tinha fluidos espalhados no chão. O chão era um cimentado manchado com core vermelhas e líquidos.

O cheiro pinicava meu nariz e me irritava profundamente o odor dos ômegas ao meu redor.

— Oh, sim... Os bailes lunares são muito melhores do que aqui, afinal há tantas iguarias... Príncipe herdeiro, você iria adorar as novidades — disse Lannister com um risinho irritante.

— Sim... Fiquei sabendo e sinceramente estou muito interessado — falei sorrindo forçado e o alfa ao meu lado me encarou com uma feição animada e interesseira.
— Sempre fui discreto, mas tenho lá meus gostos....

— Você realmente me surpreendeu, príncipe herdeiro — disse o Lannister com um sorriso gigante nos lábios e desviou o olhar para a exposição.

Um barulho alto ecoou e chamou minha atenção para o que ocorria em minha frente. A gaiola antes fechada fora aberta e um ômega adentrou o espaço, sem uma roupa sequer e com algemas nas pernas e nas mãos, com uma corrente grossa no seu pescoço. Ele era tão magro que poderia se livrar das algemas, se assim o quisesse, pois elas mal ficavam presas na pele extremamente pálida do garoto.

Meu escravo - LucemondOnde histórias criam vida. Descubra agora