O bom filho a casa torna

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DISTRITO DE BRASOV - ROMÊNIA

Desembarcaram por volta das duas horas da tarde, o tempo denso na Romênia havia atrasado a aterrissagem do avião. Shawn e Fernanda estavam esperando o casal no portão de desembarque e assim que os viu a mais nova abriu um enorme sorriso e respirou fundo.

Natasha caminhou até a amiga e abraçou apertado, sem ela jamais teria reencontrado seu filho e permaneceria eternamente naquele sofrimento.

– Obrigada.

– Eu disse que iria encontrá-lo, só precisava de um pouco de tempo – disse assim que se separaram – Agora vamos almoçar, deixei muitas coisas com o orfanato e mais tarde iremos para a clínica fazer o exame de DNA.

– Mas e quanto ao meu filho? Eu quero vê-lo – Henry franziu o cenho

– Ainda não podemos vê-lo – ela suspirou e começou a andar – Além do mais, Andrei não fala nossa língua apenas o russo e poucas palavras em romeno.

– Andrei? – Natasha sorriu – Eu adorei esse nome.

Henry permaneceu em silêncio, mas também sentiu o peito se encher de alegria ao ouvir o nome do filho pela primeira vez.

– Como o encontrou? – perguntou e a irmã sorriu.

– A história é longa, então vamos almoçar e eu prometo contar tudo... Vírgula por vírgula.


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Saíram do laboratório e foram para o hotel, por mais ansiosos que estavam compreenderam que era melhor deixar Fernanda e Shawn correndo atrás de tudo. A madre não havia permitido que contassem a verdade para a criança, pelo menos não até o resultado do exame sair, não queria criar falsas expectativas no pequeno.

– Isso é sufocante – Nat respirou fundo – estavam sentados no bar do hotel – Estou na mesma cidade que meu filho e não posso vê-lo.

– Logo estaremos com ele, é frustrante, mas é para a segurança dele. Sabe quanto tempo até o resultado do exame sair?

– Uma hora – confirmou.

– Sim amor, uma hora.

Natasha trocou mensagens com Caroline, que ficou completamente enlouquecida quando a amiga revelou o motivo da viagem de última hora. Já Henry, achou melhor conversar com sua mãe de forma resumida, indicando apenas que teria uma novidade quando voltasse para Londres e que ela precisava entender a situação acima de tudo. Claro que ela iria insistir para saber o que era, mas não achava prudente dar uma notícia tão importante por mensagem.

– Ele vai precisar de uma escola de idiomas, e também de um professor particular que fale russo e inglês – o mais velho comentou – Qual ano escolar ele está?

– Acho melhor começar com a educação em casa – Natasha suspirou – Ele ainda não compreende a língua, será um enorme sofrimento jogá-lo em uma escola em um país completamente novo, com costumes novos e uma família nova.

Natasha não sabia como seria esse novo começo para Andrei, pelo que Fernanda havia dito há menos de um ano sua vida mudou completamente, perdendo a mãe e o pai que conhecia e agora, após esse tempo no orfanato teria que se mudar para outro país, com costumes completamente opostos aos seus.

– SAIU!!! – Ambos olharam para a porta do bar encontrando Fernanda com um papel nas mãos e um enorme sorriso.

– O que é isso? – Henry questionou a irmã e logo depois observou o cunhado vindo mais afastado.

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