Georgia Nebila, a segunda filha mais velha de uma família animada e um pouco desorganizada, vive com seus irmãos Giovani, Gisele, Grace e a caçula Giovana. Quando ela conhece Liam, um jovem egocêntrico e convencido, eles fazem uma aposta: quem conse...
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Chego em casa após o baile, ainda sentindo o eco das danças e das conversas, quando sou interrompido pela presença de meu fiel criado.
— Vossa Graça, chegou uma carta da Alemanha — disse ele, fazendo uma reverência profunda. Minhas sobrancelhas se franzem, e um arrepio percorre minha espinha.
— Traga-a para mim, imediatamente — ordeno, tentando esconder a súbita inquietação que me acomete.
Ele não demora. Em suas mãos, o envelope lacrado traz o nome de Suzana, a criada de minha querida irmã Katherine. Estranho, mas ignoro o pressentimento sombrio que se insinua em meu coração e rasgo o selo com dedos trêmulos.
"Caro Duque Liam,
É com grande pesar que vos escrevo para comunicar a triste notícia do falecimento de vossa irmã, a nobre e estimada Katherine. Recebemos a dolorosa informação de que Katherine foi assassinada, deixando um vazio imensurável nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. Espero que seja reconfortante para ti saber que, não havia um dia em que sua irmã não sentisse sua falta, foste o último nome pelo qual ela chamou antes de seu último suspiro.
Saibais que Katherine foi uma presença luminosa em nossas vidas, e sua gentileza, graça e bondade serão eternamente lembradas por todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho.
Peço-vos que aceiteis minhas mais sinceras condolências neste momento de profunda tristeza. Que encontreis conforto nas memórias preciosas que compartilhastes com Katherine e que vossa força interior vos guie através deste período de luto.
Com respeito e pesar, [Suzana]"
A carta escorrega de minhas mãos, caindo no chão como se o próprio peso do mundo o tivesse lançado. O tempo parece congelar, e um silêncio ensurdecedor invade a sala. Uma única lágrima escapa dos meus olhos, traçando um caminho ardente pela minha face. Não... Não pode ser verdade. Katherine... minha doce Katherine...
Uma onda de raiva incontrolável toma conta de mim. Sinto o calor da ira, o desespero de quem foi privado de sua luz mais preciosa.
— Não! — grito, minha voz ecoando pelas paredes. Pego o jarro sobre a cômoda e o atiro com toda a força contra a parede. O som do vidro se estilhaçando é a única coisa que faz sentido em meio ao caos dentro de mim.
Minha mãe aparece na porta, seus olhos fixos em mim, cheios de dor e compreensão. Encaro-a, meu rosto marcado por lágrimas e desespero.
— Por que ela? Por quê? — minha voz falha, um lamento que ecoa pela sala.
Ela não diz nada. Apenas se aproxima e envolve-me em seus braços, tentando conter a tempestade que me consome. Após um momento, ela se afasta lentamente e seus olhos caem sobre a carta caída no chão. Ao lê-la, seu semblante muda, e a culpa surge em seu olhar.
