Georgia Nebila, a segunda filha mais velha de uma família animada e um pouco desorganizada, vive com seus irmãos Giovani, Gisele, Grace e a caçula Giovana. Quando ela conhece Liam, um jovem egocêntrico e convencido, eles fazem uma aposta: quem conse...
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O castelo estava inteiramente em luto. A quietude que pairava era quase assustadora. Era possível ouvir nossos próprios passos ecoarem sobre o piso de mármore. O som dos pássaros do lado de fora e o balançar das folhas ao vento podiam ser ouvidos com perfeição. Nunca o castelo havia sido tão silencioso.
— Como está se sentindo hoje, mãe? — perguntei, enquanto levava a xícara de chá aos lábios.
— Melhor... — respondeu a rainha, sua voz um eco frágil.
— Isso é ótimo, fico feliz em ouvir isso. — Grace respondeu.
A rainha fitou a janela, distraída.
— Uma velha amiga virá nos fazer uma visita hoje.
— Quem seria? — Foi a vez de Gisele perguntar.
— A Duquesa Cavendish. — A rainha voltou a nos olhar sem muita expressão.
Eu me remexi em minha cadeira, surpresa. Nunca tinha ouvido falar dessa amizade.
— Que interessante, não sabia que vocês eram amigas — comentei, tentando puxar mais informações.
— A família Cavendish sempre foi muito querida por nós — respondeu a rainha, sua voz soando distante —, mas eles se afastaram pouco antes da morte do duque.
Geovanna, ao meu lado, franziu a testa e me cutucou, sussurrando:
— Cavendish? Igual ao Elijah?
— Sim, é a mãe dele — respondi baixo, tentando não chamar atenção.
Giovani, que parecia sempre fora do ar, de repente mostrou interesse.
— Posso saber de quem se trata?
Antes que eu pudesse responder, Giovana riu.
— Um garoto engraçado — disse ela, e nossas risadinhas se misturaram, quebrando o ar pesado por um breve momento.
Mas o riso logo deu lugar à curiosidade. Eu olhei para a rainha, esperando que ela dissesse mais.
— Conte-me mais, mãe.
— Não tenho muito o que falar — respondeu ela. — Apenas decidimos nos reaproximar agora.
Algo naquele comentário me deixou inquieta. Mas preferi não pressionar.
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Mais tarde, eu acompanhava Giovana em sua aula de piano. Sua habilidade com o instrumento sempre me impressionou, e eu me sentia confortável ali, cantando suavemente ao ritmo que ela tocava. A rainha estava sentada conosco, observando em silêncio.
— Nota errada — repreendeu ela, sem tirar os olhos de Giovana, que suspirou e revirou os olhos.
— Vamos de novo — disse Giovana, um tanto impaciente, quando fomos interrompidas.
