III

82 4 0
                                    


Quanto mais demonstrava seu lado selvagem e doentio mais Marcão se sentia satisfeito e viril. Seria força e essência dominante?  Ou, no fundo, mera fragilidade que precisa de atos canalhas pra que se transforme em algo parecido com virtude numa demonstração euclidiana de falácia ilusória e febril? Há quem diga que criaturas assim se sentem humilhados pelo mundo que os cerca e procuram retribuir esse ódio diante dos considerados mais fracos e indefesos. Eu não sei. Só sei que mesmo de longe eu vislumbrava tudo nitidamente. Como num sonho em que queremos  desesperadamente fugir, mas o corpo não nos obedece e permanece estático, paralisado pelo fascínio do temor (o que nessas ocasiões é algo positivo já que se realmente conseguíssemos nos movimentar nos tornaríamos sonâmbulos, como cães que mexem vertiginosamente as patas em caninos pesadelos deitados nas calçadas).
Ele então ordenou que ela retirasse seu imenso membro pra fora. Ela novamente obedeceu. Baixou o zíper ele ajudou retirando o cinto e baixando as calças. Por baixo da cueca já era possível vislumbrar o monstro que acordava. Ela então o livrou do tecido que o aprisionava e aquela coisa escarrou em seu rosto como uma borracha preta simultaneamente macia e rígida. Era como se ele também quisesse esbofetear aquele lindo rosto submisso. As proporções eram descomunais! De longe eu não pude evitar um suspiro assustado. Era como uma negra garrafa d'água mineral o que ali surgia de repente, triunfalmente monstruosa e tão escura que refletia o brilho do ambiente. Fálico domínio...

Escravas BrancasOnde histórias criam vida. Descubra agora