XV

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"O que me isenta de qualquer remorso", prosseguia ele, "caso cometa a qualquer momento um homicídio passional. Mas como sou civilizado e bondoso, aguardo pacientemente mais alguns meses até que ela possa suportar um sacode e saia ferida, talvez com um bracinho quebrado, mas viva. Esmagada quem sabe. UTI? Provavelmente. Mas o fato é que ela provoca. Todas essas garotas provocam. E desejam. Pensa que não observo como ela me encara quando tô sem camisa? Deve ficar toda molhadinha vendo meu membro imenso sob o shorts. É a natureza se manifestando da forma mais cabal possível. Então simplesmente deixemos acontecer. Sem neuras injustificáveis e paralisantes. Sua hora tá chegando, putinha!" A última frase era dita em tom mais alto pra que não houvesse dúvidas se era direcionada a mim. Eu ouvia tudo do quarto e, àquela altura dos acontecimentos minha mãe já se mantinha em absoluto silêncio diante dessas observações macabras. Era como um assentimento pois ela aos poucos parecia ir concordando com visões semelhantes. Talvez, após tantas pancadas na cabeça, já nem mais raciocinava. Tinha ficado "como todas as fêmeas" tal qual Marcão repetia sem cessar.

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⏰ Última atualização: Aug 29 ⏰

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