VIII

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Procurava então conversar com adultos sobre temas sérios, mas ainda era  incapaz de abrir mão de brincadeiras pueris e momentos lúdicos e desprovidos de quaisquer complexidade, o que pra um homem formado pode ser realmente enfadonho e tedioso, após um período de diversão inicial.
Tanto que um dia sugeri que, ao invés de se dedicar às costumeiras brincadeiras e jogos, ele assistisse um filme que gostava, adulto, pois não tinha que me agradar o tempo todo e, pra mim, seria construtivo ampliar os horizontes. Então um filme muito estranho da Netflix veio à baila. Mesmo não sendo ingênua, eu realmente nunca tinha visto nada semelhante.
Com cenas sutis e até mesmo poéticas, o longa exibia uma história de dominação e adestramento. O casal tinha um relacionamento que eu conhecia como abusivo ou tóxico, no entanto a mocinha parecia procurar por isso e sentir prazer em ser tratada daquela maneira. Não apenas nos momentos mais íntimos, mas até mesmo no dia a dia era submetida a uma rotina de dedicação total tal qual uma pessoa escravizada voluntariamente.

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