casual

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Estar com Amaury era sempre o melhor momento do seu dia, Diego sempre achou estranho como o homem conseguia ser absolutamente tudo o que ele mais precisava muito antes que ele mesmo se desse conta. Na verdade, tudo com Amaury sempre desse jeito: Sem que ele se desse conta.

Ele se encantou pelo homem sem perceber, se apaixonou da mesma forma e, quando percebeu que estava amando, já o fazia a tanto tempo que sequer conseguia lembrar quando foi que começou. Talvez sempre tenha amado.

Desde a primeira vez que se viram, quando Diego ficou mais chocado com o fato do homem entender seu humor do que com a beleza escandalosa de Amaury. Porque Amaury é ridiculamente bonito!, e tem uma presença tão forte que é impossível não notar sua chegada em qualquer ambiente, mas o que surpreendeu o mais novo foi tudo isso junto ao carisma e bom humor. O seu humor.

Diego nunca vai esquecer como sua mente, sempre um turbilhão, afundou imediatamente na presença de Amaury na primeira vez que o viu. Em um momento ele conversava animadamente com amigos e no outro, o homem entrava parabenizando sua amiga Agatha e parecia reluzir. Depois disso, tudo meio que virou Amaury nas próximas horas.

Amaury Lorenzo. 37 anos. Solteiro. Bissexual.

Diego tinha todas as informações necessárias e por muito menos já teria se aproximado de qualquer outro interesse, mas naquela noite, ele olhou o homem ir e vir e ensaiou algumas vezes diferentes tipos de aproximação. Algo que não era costumeiro fazer. Ele não pensava muito antes de ir até um cara bonito, embora não fosse soberbo, sabia de sua beleza e quão encantador podia ser. Mesmo assim, não foi ele a se aproximar, foi abordado tarde da noite pelo próprio homem, próximo ao bar.

Voz gostosa, sorriso lindo e conversa fácil. Amaury deixava seu riso frouxo demais.

Diego nunca riu tanto com um estranho e nunca quis tanto fazer alguém rir. E tudo ficou de lado. A bebida foi esquecida, os amigos não ousaram interromper o que acontecia entre os dois, e as bocas costumeiras, nem tentaram intimidade. Diego estava entretido demais, os olhos estavam grandes e brilhantes, suas mãos se moviam agitadas… e ele não beijou Amaury naquela noite.

Mas o viu no dia seguinte.

E foi ainda melhor do que na noite anterior.

Se beijaram naquela outra tarde e dias depois, Diego convidou o homem para a sua casa. E absolutamente nada era capaz de definir com exatidão o que aconteceu em seu quarto.

Sexo era uma palavra muito curta,

Entrega parecia pouco demais,

E amor, muito cedo.

Preferiu não definir.

E assim seguiu por meses e meses, ele e Amaury sendo exatamente isso: eles. Até ser muito pouco pro mais velho e isso assustar Diego. Não Amaury e sua intensidade ou  o que ele pedia, porque o homem prometia dar ainda mais. Diego se assustou com ele próprio e a vontade que encontrou em si mesmo de querer se entregar. Ele queria ser de Amaury. Só dele.

Bizarro!

Ele não era assim.

Até ser.

E depois de passado e medo, dizer sim foi a coisa mais fácil do mundo, a resposta mais acertada de todas. Estar com Amaury era o mais certo que já tinha ido em toda sua vida. Eles eram mesmo coisa de outra vida!

E durou.

Até não durar mais.

Três anos e sete meses e 24 dias.

SOLTEIRO FORÇADOOnde histórias criam vida. Descubra agora