──── 𝗧𝗛𝗘 𝗘𝗬𝗘

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𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐌𝐄𝐑𝐆𝐔𝐋𝐇𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌 𝐒𝐈𝐋𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐎 – um silêncio tão denso que parecia se espalhar por cada canto, como se o próprio espaço segurasse a respiração

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𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐌𝐄𝐑𝐆𝐔𝐋𝐇𝐀𝐃𝐎 𝐄𝐌 𝐒𝐈𝐋𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐎 – um silêncio tão denso que parecia se espalhar por cada canto, como se o próprio espaço segurasse a respiração. Esse era o refúgio de Alaska, o único lugar onde ela podia fugir e se perder em sonhos que pareciam sempre tão distantes. As paredes eram cobertas com pôsteres de Demi Lovato, sua maior inspiração. Demi estava ali, em poses icônicas, os olhos determinados, a expressão forte. Cada imagem era uma motivação para Alaska, uma lembrança constante de força e autenticidade que sua ídola exalava.

Ao lado de sua cama, uma coleção de CDs estava jogada, muitos fora das caixas, riscados de tanto rodar. Cada disco ali contava uma história de noites em que ela deixava a música fazer o que nada mais conseguia – transportar sua mente para longe. Em um canto especial, estava sua vitrola vintage, em tons de azul escuro e preto. Ali, ela se sentava, fechava os olhos e deixava que o mundo desaparecesse, substituído por melodias que acalmavam tudo que havia de turbulento.

A cama era coberta com colchas coloridas e travesseiros espalhados, mas o que realmente chamava atenção estava logo acima: uma fileira de desenhos pendurados, iluminados por cordões de luzes. Eram quase todos de gatos – esboços inacabados de olhos atentos e expressões calmas. Alaska sempre sentiu uma conexão com os gatos, aquela mistura de independência e distância, como se sempre tivessem uma camada entre eles e o mundo. Ela se via nos gatos, na maneira como pareciam observar tudo à volta, mas nunca de muito perto.

No cantinho, meio escondido, ficava um espelho emoldurado em madeira envelhecida. Às vezes, Alaska parava ali, se olhava e deixava a mente vagar para um mundo onde as coisas eram diferentes. Se imaginava num baile de formatura, uma ideia simples, mas distante demais para ser real. Via a dança, o vestido, as luzes piscando, as risadas. Momentos como esses faziam seu peito apertar, uma mistura de saudade do que nunca viveu e vontade de escapar.

O quarto, apesar de todos os sonhos, tinha um toque levemente bagunçado, com coisas deixadas no meio do caminho, como se fossem esquecidas enquanto algo mais importante chamava. Aquele caos meio contido contava muito sobre ela – sobre seus sonhos, suas frustrações e o jeito dela de existir em um mundo que nunca parecia se encaixar direito.

𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍𝐒, five hargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora