🧡CAPÍTULO 8🧡

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Caminhei pelos corredores do castelo com o braço ainda entrelaçado ao do loiro, que em nenhum momento demonstrou querer se afastar. Seu corpo tremia ligeiramente devido ao vento frio, então me aproximei mais, tentando transmitir calor.

Na porta do meu quarto, dois guardas estavam de prontidão. Eles eram responsáveis pela segurança de Kai, o que eu já esperava, pois imaginava que meu pequeno preferiria ficar em um lugar com meu cheiro e proteção.

– Majestade, Príncipe Park – Hyunjin se curvou levemente.

– Guardas –inclinei a cabeça em sinal de respeito. Eles não eram da realeza, mas protegiam meu bem mais precioso.

Jimin também se curvou, o que me deixou curioso sobre sua educação, já que era raro ver alguém da realeza se curvar diante de outros que não fossem deuses ou reis.

Pedi licença aos guardas e abri a porta do quarto lentamente. Lá dentro, uma cena aqueceu meu coração: Kai e Taemin estavam encolhidos sob os cobertores, abraçados a uma blusa minha, como se aquilo fosse um escudo contra tudo.

A tranquilidade e a inocência nos rostos dos meninos contrastavam fortemente com os acontecimentos turbulentos daquela noite.

Tae estava adormecido em uma cadeira ao lado da cama, visivelmente exausto após todo o trabalho de organizar o baile.

– Tae — chamei suavemente, observando-o despertar, ainda confuso. – Obrigado por cuidar dos meninos. Pode ir para o seu quarto dormir, eu vou ficar aqui com eles.

– Certeza, Majestade? – Taehyung perguntou, ainda sonolento.

– Sim, pode descansar.

Kim se levantou do sofá e saiu do quarto. Assim que ele cruzou a porta, os meninos despertaram, sentando-se na cama e piscando de forma sonolenta.

Aproximei-me e me sentei ao lado de Kai, passando a mão por seu cabelo desarrumado. Taemin, com os olhinhos implorando por carinho, sorriu ao ver sua fofura e abriu os braços para que o pequeno ômega se aconchegasse.

– Vocês estão bem, meus pequenos? – perguntei, ainda preocupado e me sentindo culpado por tudo o que havia acontecido.

Kai assentiu lentamente, ainda sonolento.

– Estou, papai... mas fiquei com medo – Taemin segurou a mãozinha de Jungmin, como se concordasse e quisesse oferecer conforto.

Suspirei, tentando aliviar a tensão em meu corpo.

– Eu sei, foi assustador. Sinto muito por não ter protegido vocês, mas prometo que a vovó nunca mais vai machucar vocês – disse, olhando para meu pequeno alfa. –  Eu vou cuidar de vocês sempre.

Vi como os olhinhos dos dois se encheram de lágrimas, mas o choro foi contido por um toque carinhoso em seus rostos.

Jimin, que até então estava no canto do quarto apenas observando, se aproximou e colocou a mão em meu ombro em sinal de apoio.

– Sabe – Jimin começou, olhando para Taemin, que permanecia quietinho – às vezes, situações ruins nos mostram coisas boas de forma inesperada. Ver como você e o pequeno alfa se apoiaram um no outro... isso é muito bonito.

Sorri de lado ao perceber como Jimin parecia se conectar com os meninos. Era raro ver alguém encantado pela pureza de uma amizade infantil, e aquele pequeno gesto me fez enxergar algo novo no ômega.

O pequeno ômega levantou-se, ainda tímido, com a cabeça abaixada. Taemin era tão fofo, mas sua timidez sempre me preocupava. Vi quando ele abriu os bracinhos para receber um abraço.

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