🧡 CAPÍTULO 10🧡

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O café da manhã já havia sido encerrado, os príncipes e princesas já estavam se retirando aos poucos da mesa, restando apenas aqueles que tinham esperança de que eu os chamasse para um encontro a sós.

Não me importei com aquilo, estava mais focado no meu filho, que voltou correndo da cozinha todo animado após preparar a comida para passarmos a tarde brincando.

– Vamos para o jardim, então? – estendi a mão oferecendo ao loiro para que ele a pegasse. Ele me olhou com um belo sorriso no rosto.

– Vamos – Jimin entrelaçou nossos dedos – vai ser muito bom esquecer um pouco dessas formalidades todas.

Saímos do salão juntos, com as crianças correndo na nossa frente, animadas demais para brincarem, mas de vez em quando corriam até Jimin para receber carinho.

Era mágico ver como Jimin parecia tão confortável ao lado dos meninos; eles pareciam se entender de um jeito único, e eu jamais me cansaria de dizer isso.

O jardim estava mais lindo do que nunca, as flores estavam tão bonitas que pareciam brilhar. O dia não estava quente, mas o clima era agradável o suficiente para ficarmos ali sem preocupações.

As borboletas azuis, que Kai tanto gostava, estavam voando ao nosso redor. O filhote ria ao correr atrás delas. Taemin não demorou para começar a correr ao lado dele, enquanto Jimin e eu caminhávamos lado a lado.

Às vezes, o loiro parava para admirar as flores ou até mesmo as borboletas. Ele parecia tão em paz naquele momento.

– É impressionante como um lugar tão simples pode ser tão reconfortante – Jimin comentou, com a voz baixa, enquanto tocava as pétalas de uma rosa.

– Eu sei o que você quer dizer. Às vezes, estar aqui me faz esquecer de todas as responsabilidades e problemas.

Park me olhou, seus olhos azuis brilhando de forma bonita por conta do sol. Havia algo naquele olhar que parecia criar um elo silencioso entre nós.

Quando finalmente chegamos ao centro do jardim, havia uma toalha posta sobre a grama, e as comidas que Kai havia ajudado a preparar estavam espalhadas por ali.

Jimin sentou, e eu me joguei ao seu lado, deitando-me sobre a toalha e olhando para o céu, que estava tão bonito. Deixei que as crianças brincassem um pouco; ainda era cedo, e elas estavam com energia de sobra para gastar.

– Já faz tanto tempo que eu não me sentia tão livre assim – disse o loiro, ao se aproximar de mim.

– Eu também – confessei. – Acho que é fácil se esquecer de como momentos como esse são especiais, quando se tem tantas responsabilidades.

Jimin se deitou ao meu lado e, por alguns instantes, apenas aproveitamos aquele momento de paz e calmaria. Era como se o tempo tivesse desacelerado, permitindo que eu aproveitasse cada segundo.

As risadas das crianças, o leve roçar do braço de Jimin no meu, cada vez que ele se mexia para mostrar alguma nuvem com formato diferente no céu... Aquilo era incrível.

– Sabe, às vezes me pergunto como seria se eu pudesse viver assim para sempre. Sem as formalidades, sem a pressão de ser um príncipe... apenas vivendo e conhecendo coisas novas ao lado de quem eu amo.

Olhei para ele, sentindo o peso de suas palavras. Aquilo era tão real.

– Você acha que conseguiria... sabe, viver uma vida totalmente diferente da que foi criado para viver?

Jimin suspirou, olhando para os meninos que estavam sentados debaixo de uma árvore, brincando com a terra.

– Eu não sei. Às vezes acho que fui criado para mais do que isso, mas em outros momentos... sinto que a simplicidade é tudo de que eu preciso.

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