Savannah Fontaine.
Eu recebi um convite de uma amiga e não posso ignorar.
Fui convidada para escrever um livro sobre uma cidade secreta, e irei aceitar.
Porém, o meu pesadelo é o rei do divertimento deste lugar.
Querido por todos, detestado por mim...
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CAPÍTULO 6. " Jogo dos líderes."
SAVANNAH FONTAINE.
- Savannah, Deuses é verdade! Como foi sua viagem para o Alabama? É lindo como dizem, superou as expectativas?
A pergunta de Tia Clarice parecia leve, mas eu sentia o peso das memórias recentes esmagando meu peito. A sala estava imersa em uma luz suave, com a decoração luxuosa dos Millers refletindo em cada detalhe dourado. O sofá, em um tom aquático profundo, fazia referência ao deus Poseidon, e o grande aquário na parede solitária parecia uma janela para um mundo submerso de tranquilidade.
A casa dos Millers era totalmente igual à minha na questão de estrutura e tamanho, exceto que ao invés das cores chamativas porém combinativas que os Millers gostavam de usar a minha família que morava na casa da frente, os Fontaine optaram por cores mais frias.
A única coisa que as duas famílias tinham em comum era o fascínio pelos deuses antigos, pelo Egito e pela história em si.
Quando cheguei mais cedo hoje na casa dos meus pais, Antares e Michele Fontaine, fui recebida com abraços e bolo. Não conversamos sobre o que ocorreu no Alabama, não falei sobre Tom Baroni e onde ele está agora, o que aliás nós não sabemos. Nossa conversa foi deixada de lado para esta noite, esta noite seríamos perfeito e quando voltarmos para casa tudo cairia a ruína novamente.
Contei para meus pais da proposta que recebi e eles, claro, ficaram felizes por mim, porém uma pequena parte de mim sabia que ambos não gostavam deste mundo envolvendo o mundo abaixo de nós.
E ninguém poderia julgá-los, muita gente em Roma também pensava assim. Os fantasiosos, Ethan no caso, gerou um apagão em Roma, tumulto pelos bairros por muito tempo. E só agora as pessoas de Roma pareciam aceitar que viviam uma espécie atualizada e sem ratos que desciam para um novo mundo pelo vaso.
Eu observei os peixes movendo suas bocas, como se tentassem me contar algo, e me perguntei se era possível que eles entendessem o tumulto interno que eu estava tentando esconder. O ambiente ao meu redor estava tranquilo e acolhedor, mas dentro de mim havia uma tempestade de pensamentos e sentimentos que eu precisava manter sob controle.
- O Alabama foi... uma experiência interessante - comecei, a voz quase inaudível enquanto tentava moldar minhas palavras. - O lugar tem uma beleza única, realmente. Mas... - fiz uma pausa, tentando encontrar uma forma de dizer a verdade sem revelar demais. - Não diria que superou todas as minhas expectativas, mas foi muito agradável.
Olhei para minha mãe, cuja expressão estava fixa em mim com uma mistura de preocupação e compreensão. Seus cabelos presos em uma longa trança escura, um lindo traje elegante e olhos críticos e otimistas. Ela podia ver o que
