The party 2

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                           Bella Akemi

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                           Bella Akemi

         O toque de Matteo me deixa desconfortável, olho para os túmulos desejando ter o meu próprio um dia e meus olhos param no mesmo homem que estava na mesa de bebidas. Ele me pareceu suspeito, desde o momento que chegou com Sergei e outro homem, suas roupas são de soldado militar.

  Seu olhar é diferente, reconheço a escuridão de longe e percebo um pouco de ódio também. Percebo ele intercalar o olhar entre mim e a mão de Matteo em minha bunda.

- A polícia! – escuto o grito alertar a todos, fazendo Matteo tirar às suas mãos nojentas de mim.

    Vejo algumas pessoas correm com suas roupas em mãos, revelando que estavam transando em um cemitério. Não ligo para o que vai acontecer, apenas corro em direção à floresta que banha o local.

   Consigo correr e adentrar na floresta, antes que seja pega pelos polícias. Quando já estou longe o suficiente, paro de correr e respiro fundo, recuperando todo fôlego que gastei correndo.

  Um vento sopra pelas arvores, fazendo barulho e me fazendo perceber que não faço a mínima ideia de para onde estou. Sinto o frio gelar meus braços, decepando o calor que senti ao correr e decido continuar caminhando, mesmo não sabendo para onde estou indo.

   Ao longe, consigo ver um carro deixado em um meio limpo da floresta e me aproximo para ver se tem alguém. O medo se faz presente, mas preciso de ajuda para voltar para casa e não passar a noite aqui.

   Paro de caminhar ao ouvir um barulho de caminhar que não é meu, torço para que não seja nenhum mal e apenas me abaixo no chão, me escondendo de quem quer que seja. Consigo sentir o espaço ficar pequeno, o ar diminuir e a tremedeira invadir minha mão.
  
- Oque faz aqui sozinha? – sua voz se espalha, consigo sentir sua presença e reconheço sua voz.

     Me levanto e me viro, encontrando a mesma figura alta que encontrei na festa. Meu celular já havia se desligado sem bateria e não consigo enxergá-lo também.

   O medo ainda circula em minhas veias, o frio me faz tremer e a incerteza de que ele não seja mal, me invade.
  
- Não me leve para a polícia, por favor – o imploro, não querendo ser presa e sujar minha ficha.

- Não irei te levar de volta para lá – não sei o motivo, mas consigo acreditar que ele não vai me levar para os policiais – Mas ficar aqui, também não é seguro.

- Eu sei, na verdade eu iria até aquele carro – aponto para o veículo que está sendo iluminado pela luz fraca da lua – Para tentar sair daqui e ir para o dormitório da faculdade.

- Iria roubar o meu carro, Sólnêchka? – volto meu olhar para ele, sem entender o que quis dizer e percebendo agora seu sotaque russo.

      Sinto um rubor quente em minhas bochechas, não sabendo que o carro lhe pertencia e que obviamente iria roubar para uma boa causa.

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