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                       Matteo Lopes

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                       Matteo Lopes

    Abro meus olhos com dificuldades, meu rosto dói e eu o sinto inchado, dificultando meu olhar. Sinto meu corpo dolorido ser movimentado e olho ao redor.

- Senhor Lopes, está me ouvindo? – encontro uma moça com cabelos loiros, olhos castanhos e uma pele pálida.

- O-onde estou? – minha voz oscila, me fazendo gaguejar e falar baixo, mas o suficiente para que ela consiga escutar.

- Você está no hospital, senhor Lopes – meu corpo dói o suficiente para que eu consiga soltar um gemido silencioso, com a aguda dor – Foi encontrado pela polícia na floresta na cidade próxima.

      Lembro-me de cenas vagas, em que eu estava em uma sala e um homem de balaclava estava lá. Só de lembrar os socos desferidos, uma dor me invade novamente e enlaça meu peitoral.

     A raiva também se faz presente, se misturando com a dor em mim e me fazendo ter o desejo de matar aquele homem. Ele falava que eu havia mexido com algo que é dele, mas não costumo pegar nada dos outros e a unica coisa que me importa é Bella.

      Inclusive, cadê ela? Bella deveria estar aqui como uma mulher fica à espera do marido e se preocupa com ele quando algo acontece. Mas não irei me preocupar com isso agora, preciso descobrir quem é aquele cara e por que ele fez o que fez.

- Chame Ryan Pavlova, por favor – ela me olha por breves segundos e continua mexendo em uma das bolsas de soro, que está conectada em minhas veias.

- Seus pais... – eu não quero saber de meus pais, não retenho à raiva que assume o controle e a interrompo.

- Quero que chame Ryan Pavlova, porra! – ela me olha um pouco assustada e apenas assente, saindo do quarto.

        Ryan é um cara capacitado para me ajudar, tendo em vista seu desempenho militar e em como também lida com sistemas hackeados. Ao meu saber, o tal cara é do exército por conta de sua roupa aquele dia na festa e Ryan conhece boa parte dos soldados.

     Também tenho como entrar no sistema universitário, coletando dados do seu irmão Sergei Vassiliev e possivelmente chegarei a ele também. O desejo de vingança assume meu corpo, farei o possível para encontrá-lo e nem que me custe ir ao inferno para isso.

                                 [...]

    Vejo Ryan entrar, ele estava com sua roupa de expediente militar e sua cara não estava com um bom humor.

- O que devo à minha presença? – ele se aproxima, sentando-se ao lado da cama em uma poltrona – O comprometimento que você está me colocando em vir aqui, é preocupante.

- Você foi chamado na festa aquele dia, quem te chamou? – olho em seus olhos, pois o olhar nunca mente.

- Necro Howard, um tenente do 5º exército da Rússia – esse não é o nome dele, apelidos de alistamento.

- Quero o nome real dele, não me venha com regras ou estatutos – ele suspira fundo, com seu charme de traidor e superficial.
 
      Ryan não me engana em relação a esse cara, sabendo que ambos são amigos de trabalho e convivência. Observo o mesmo retirar de seu bolso o celular, abrindo em alguma coisa que vai me ajudar e ele vira seu celular para mim, oferecendo para que eu segure.

- Nicolai Vassiliev, 33 anos, dupla nacionalidade entre Russo e Italiano... – leio sua ficha e me atento em algumas coisas.

    Desistiu de ser o herdeiro da máfia de seu pai para servir no exército, ele tem uma filha adotada com Giorgia Moretti que faleceu há 5 anos atrás. Sua filha se encontra em Florença na Itália, com os pais de Giorgia.
  
- Eles adotaram Giulia quando ela tinha apenas 4 meses, na Itália – Ryan fala, enquanto término de averiguar à ficha.

       Giulia Moretti Vassiliev, uma criança que vai me ajudar muito nisso e fará com que Nicolai fique aos meus pés.

- Quero que me passe o endereço de Giulia e preciso de ajuda – devolvo o celular para ele e vejo sua expressão de surpresa misturada com sarcasmo.

  Ele esbanja gargalhadas e ao perceber que estou sério sem brincadeiras, ele para e me olha.

- Você está maluco! – ele se levanta e guarda o celular em seu bolso – Pelo menos, avisa alguém para se velório.

- Por quê? –  entendo que duvida que eu o matarei, mas irei fazer isso com minhas próprias mãos e provarei de tudo que desejo.

- Porque é Nicolai Vassiliev – vejo um sorriso de lado em seu rosto, como em provocação – E não tem nada que pare Nicolai Vassiliev.

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