Cuidador

Autora _On
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"Cuidador" Park não parava de refletir em suas palavras. Será que seria um bom negócio? Não seria trabalhoso demais? O menino nunca havia cuidado de alguém cego antes e não sabia se seria um bom cuidador.

Os pais do Jeon pesquisaram tudo a respeito garoto; queriam contratar alguém da família, contudo, ninguém estava disposto a ajudar. Fazendo o coração do Ji-Min encher-se de empatia, decidiu ajudá-lo no que precisasse. Os Jeon estavam desesperados em busca de um cuidador; não gostavam de deixar seu unigênito só, então isso era o melhor a se fazer.

Contratar Park.

Ji-Min estava apreensivo, nervoso e apavorado. Não era bom em entrevistas; sempre que tinha alguma, o menino simplesmente congelava e de sua boca não saía uma única palavra. E, quando conseguia falar, acabava por dizer coisas sem sentido ou tudo fora de ordem, não dando sentido algum ao que queria de fato falar. Era bem frustrante.

- Ji-Min- Você consegue, é só uma entrevista de boa, não será nada demais. Você pode tudo.

- Tae-Hyung- Endoidou, é? - diz Tae-Hyung, levando sua mão ao seu ombro.

- Ji-Min- Jesus! Menino, eu já te falei para não me assustar assim.

- Ji-Min- Você ainda vai acabar indo me visitar no cemitério, seu doido.

- Tae-Hyung- Calma, Pincher raivoso, eu não quis te assustar.

Tae-Hyung abraça Ji-Min por trás, afundando seu rosto nos cabelos cheirosos.

- Ji-Min- Desgruda, chiclete.

- Tae-Hyung- Vamos, eu irei com você. Não te deixarei na mão.

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- Jung-Kook- Mamãe, eu falei para a senhora não pedir isso para o Tae. Eu não gosto de encomodar as pessoas, você sabe disso.

Jung-Kook fecha o seu livro, não estando mais interessado em ler.

- Jung-Kook- Eu sei me virar, não sou nenhuma criança.

Jung-Kook caminha lentamente até a sua mãe e, quando suas mãos tocam o seu corpo, o menino se aninha em seus braços, suspirando satisfeito.

- Jung-Kook - Eu quero carinho.

O som da campanha o tira de sua bolha, deixando um Jung-Kook com um biquinho nos lábios em um ato de chateação.

- Jung-Kook- Quem perturba?!

- Sun-Mi- Para com isso, menino! - repreende Sun-Mi, seu filho.

- Sun-Mi- Se comporte, e nada de gracinha.

Park entra na sala com um sorriso forçado nos lábios. Não queria estar ali, mas, como já estava, tinha que ser simpático.

- Ji-Min- Bom dia, senhora Jeon. Sou Park Ji-Min, vim para a entrevista.

- Sun-Mi- Bom dia. Eu me chamo Jeon Sun-Mi. Vamos lá para o meu escritório.

Ji-Min estava encantado com o tamanho da mansão; não sabia que seu melhor amigo tinha um primo opulento. Ao entrar no escritório, Sun-Mi senta-se em sua mesa de frente para o jovem, que suava frio em sinal de puro nervosismo.

- Sun-Mi- Você me parece bem jovem. Qual a sua idade? O meu filho tem 19 .

- Ji-Min- Eu tenho 20 anos. - Responde Ji-Min enquanto brincava com seus anéis, descontando a ansiedade.

- Sun-Mi- Você já trabalhou como cuidador alguma vez? Tem experiência nisso?

- Ji-Min- Bom... se você me contratar, irei adquirir experiência.

Sun-Mi sorri com a fala do menino.

- Sun-Mi- Você tem razão.

- Sun-Mi- O meu filho é deficiente visual, não enxerga nada. Eu trabalho muito, nunca paro em casa, e o meu marido a mesma coisa. Nós precisamos de alguém que se disponibilize a cuidá-lo 24 horas por dia.

- Ji-Min- E como ficará o salário?

- Sun-Mi- O salário é bom. Se você aceitar, pagaremos cinco mil, sendo vinte e quatro horas por dia. Como somos ocupados, queremos alguém que passe a noite aqui, e, claro, você terá o final de semana para você.

- Sun-Mi- E, por favor, não deixe o meu filho sozinho, principalmente no banheiro. Nós acabamos de nos mudar, então o Jung-Kook não consegue se locomover sozinho; precisa de ajuda para isso.

- Ji-Min- Certo. E quando eu começo?

- Sun-Mi- Você pode começar amanhã. Ah! Eu não quero que você seja apenas um cuidador; quero que trate meu filho como amigo. É mais por isso que eu estou te contratando.

- Sun-Mi- O Jung-Kook anda muito solitário, tentou até tirar a própria vida diversas vezes, e isso me aterroriza diariamente. Então, eu quero que seja legal com ele, faça atividades divertidas, sabe... O meu filho é muito hiperativo, então não consegue ficar parado por muito tempo.

- Sun-Mi- Bom... Você está contratado.

Ji-Min não pôde deixar de sorrir; estava contente por conseguir o emprego.

- Sun-Mi- Só assine esse contrato.

- Ji-Min- Certo. Ji-Min pegava a caneta que lhe foi oferecida, sorrindo a todo momento; estava tão contente que não conseguia mais disfarçar.

- Sun-Mi- Você começa amanhã, esteja aqui às 9:30. E, por favor, cuide bem do meu filho, pois ele é o meu bem mais precioso.

- Ji-Min- Pode deixar, senhora, o seu filho está em boas mãos.

- Sun-Mi- Confiarei em ti.