Mitsukou Highschool (AU!)

Capítulo 10

O casalzinho (Yooko e Satou são um casal na minha cabeça) praticamente me arrastaram para perto de Kou, que já estava com os braços apoiados no chão.

— Ave Maria — resmungo — Por que eu tenho que fazer isso?

— Porque sim — Satou fala, e eu mostro a língua para ele.

Eu fico parado ao lado do loiro enquanto questiono minhas escolhas de vida.

— Tá esperando o que?

— Pera aí, apressado — eu tinha uma dúvida, mas não se como perguntar sem soar estranho. De uma forma diferente, dou um jeito de questionar — É pra tirar o sapato?

— Sei lá, senta nas costas dele ao invés de ficar em pé, vai doer menos pra ele — Satou responde.

Ô, glória. Tem como isso ficar pior? Eu achei que era para ficar em pé ao invés de sentado.

— Tá, tá.

Lentamente me sento nas costas dele, não sei por que, mas para mim, isso é muito vergonhoso. Eu já podia sentir minha cara queimando, ou seja, eu estava vermelho, e isso foi o suficiente para Yooko dar um sorrisinho malicioso para mim, disfarçando para os outros não verem.

Eu, como a pessoa delicada que sou, mostro o dedo do meio para ele enquanto murmuro uns xingamentos, tendo meu rosto cada vez mais vermelho.

Eu nem reparei, mas Kou estava literalmente fazendo flexões sem parar e sem problemas alguns, como se eu não tivesse peso para ele.

— Já deu, Kou — o Shun dá uma risadinha — já deu umas 20, pode parar.

Eu rapidamente desço das costas do loiro e me sento no chão ao lado dele, que também se sentou. Achei estranho como ele não soltou nem uma espécie de "arfar de alívio" quando sai de suas costas. Pelo amor de Deus, ele acabou de se livrar de um peso de mais de 50 quilos das suas costas, e agiu como se não tivesse mudado nada?!

— Achei leve — ele diz, orgulhoso.

— É blefe, não é possível.

— É sério, você é leve — novamente, ele consegue me fazer sentir bem apenas com simples palavras.

Eu lhe dou um sorriso doce, que é retribuído com um mais doce ainda, mostrando as presinhas. Meu rosto ainda estava vermelho, e, vendo essa cena de Kou sorrindo para mim, ele permaneceu da mesma cor, talvez até um pouco mais intensa.

O loiro levanta e me oferece sua mão para eu fazer o mesmo, e eu aceito.

O treinador chama os atletas, assim, eles voltam para o treino e eu e Satou vamos para o banco assistir.

(...)

— Você tá mais molhado que a buceta da rabanete — comento rindo, me referindo ao seu suor por conta do treino.

— Meu Deus, Sousuke — ele me dá um tapinha na cabeça, mesmo que esteja rindo também — Calor da porra — ele se abana com a própria mão.

Um pensamento invasivo tomou minha mente: O que Amane disse ontem. Eu não queria ter lembrado disso, que merda. Sinto meu rosto queimar de leve, mas não acho que Kou irá reparar nisso.

— Ei — O chamo, e ele olha para mim — Eu trouxe aqueles donuts que você fez ontem, já que sobraram dois — mostro a sacola para ele — Quer um?

O loiro olha para o objeto que contém os doces por um tempo, e, então, responde.

— Não precisa, eu tô de boa — um sorriso se forma em sua boca — Posso comer em casa, fica com eles para você.