Capítulo 10

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Jace despertou bruscamente. Quando olhou para o relógio em sua mesinha de cabeceira, ficou eufórico por conseguir focar os olhos novamente. E também fulo da vida quando viu que horas eram.Onde diabos estava Suga? 

Ele havia se comprometido a chamá-lo assim que tivesse terminado com a omega humana, mas isso havia sido há mais de seis horas. 

 Jace pegou o telefone e discou o número do celular de Suga. Quando caiu na caixa de mensagens, soltou um palavrão e desligou o aparelho.Ao sair da cama, espreguiçou-se cuidadosamente. Ainda estava dolorido e mal do estômago, mas era capaz de se locomover muito melhor. Uma chuveirada rápida e roupa limpa fizeram com que se recuperasse ainda mais, então, dirigiu-se ao escritório de Alexander. O amanhecer logo chegaria, e se Suga não atendia o celular, devia estar prestando contas ao rei antes de voltar para casa. 

 Suga, que caminhava de um lado para o outro pelo tapete Aubusson, enquanto conversava com Alexander.Como as portas duplas do aposento estavam abertas, pôde ver. 

 — Justo quem eu estava procurando — Jace falou, arrastando as palavras.Suga olhou para ele. 

 — Depois daqui, ia passar no seu quarto. 

 — Com certeza ia. Como vai, Alexander?

O Rei Cego sorriu.— Contente em ver que está se recuperando para o combate, Hollywood. 

 — Oh, já estou bem, tudo certo — Jace cravou os olhos em Suga. — Tem algo para me dizer?

 — Na verdade, não. 

 — Está me dizendo que não sabe onde a humana vive? 

 — Não sei se você precisa voltar a vê-la, que tal? 

 Alexander se recostou na cadeira, colocando os pés sobre a mesa. Suas enormes botas militares faziam com que o delicado móvel parecesse uma banqueta. Ele sorriu.— Um de vocês pode me inteirar do que se passa? 

 — Assunto particular — murmurou Jace. — Nada de importante. 

 — Uma ova — Suga virou-se para Alexander. — Parece que o nosso rapaz aqui está querendo conhecer melhor a intérprete do garoto. 

 Alexander sacudiu a cabeça.— Oh, não, não deve, Hollywood. Deite-se com outra mulher. Deus sabe que é o que não falta lá fora — fez um sinal com a cabeça para Suga. — Como estava dizendo, não faço objeção a que o garoto se una à primeira classe de aprendizes, desde que verifique seus antecedentes. E a humana precisa ser investigada, também. Se o garoto desaparecer de repente, não quero que ela cause problemas. 

 — Cuido disso — disse Jace. Quando ambos o olharam, ele deu de ombros. — Ou me deixam fazer ou serei obrigado a seguir quem o fizer. De um jeito ou de outro, encontrarei essa omega. 

 A testa de Suga converteu-se num campo arado, cheia de sulcos.— Quer parar de complicar as coisas, meu irmão? Se acontecer de o garoto ficar aqui, há uma conexão muito próxima com essa humana. Esqueça isso. 

 — Sinto muito. Eu a quero. 

 — Que inferno. Você às vezes pode ser um pé no saco, sabia? Sem controle dos impulsos, mas totalmente obstinado. Grande combinação! 

 — Olhe, vou tê-la de qualquer jeito. Agora, quer que eu a investigue enquanto isso ou não?

Quando Suga esfregou os olhos e Alexander praguejou, Jace soube que havia ganhado. 

 — Tudo bem — Suga resmungou —, descubra seus antecedentes e a ligação dela com o garoto, e depois faça o que quiser com ela. Mas, quando acabar, apague a memória dela e não a veja outra vez. Está me ouvindo? Faça com que ela se esqueça de você quando acabar e não a veja outra vez. 

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