Capítulo 12

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Clary perdeu o fôlego quando Hal soltou sua mão. Talvez estivesse sonhando. Sim, tinha de ser isso. Ele era maravilhoso. Muito sexy. E concentrado demais nela para ser real. 

 A garçonete voltou, aproximando-se tanto de Hal que, mais um pouco, estaria sentada em seu colo. E, como se não bastasse isso, a mulher havia retocado o brilho nos lábios. Sua boca havia passado por uma troca de óleo com algo chamado Rosa Fresco, ou Coral Curioso, ou algo igualmente ridículo.  Clary sacudiu a cabeça, surpresa de estar sendo tão maliciosa. 

 - O que vai pedir? – a garçonete perguntou a Hal.Ele ergueu os olhos da mesa e arqueou uma sobrancelha. Clary sacudiu a cabeça e começou a folhear o cardápio. 

 - Bem, vejamos o que temos aqui – disse ele, abrindo o dele. – Vou querer o frango Alfredo. A carne NY, mal passada. E um cheeseburger, também mal passado. Duas porções de fritas. E nachos. Sim, quero nachos com tudo em cima. Duas porções disso também, ok? 

 Clary o ficou olhando meio espantada, enquanto ele fechava o cardápio e aguardava.A garçonete parecia um pouco desconcertada. 

 - Esse é o pedido para você e sua irmã? 

 Como se obrigação familiar fosse a única razão que um homem como aquele tivesse com uma mulher como ela. Que inferno.

  - Não, isso é para mim. E Clary é meu encontro, não minha irmã. 

 Clary olhou para a garçonete, que se preparava para se retirar. 

 - Eu... vou querer somente uma salada César, quando seu... jantar chegar.A garçonete pegou os menus e se retirou. 

 - Então, Clary, diga-me algo sobre você. 

 - Por que não falamos sobre você? 

 - Por que, nesse caso, não poderia ouvi-la falar. 

 Clary ficou tensa, algo borbulhava sob a superfície de sua consciência. Fale. Quero ouvir sua voz. Diga algo. De novo e de novo. Fale.Poderia jurar que aquele homem havia lhe dito tais coisas, mas ela nunca o vira antes. Deus sabe que teria se lembrado dele. 

 - O que faz para ganhar a vida? – ele a incentivou. 

 - Eu... sou secretária executiva. 

 - Onde?- Em um escritório de advocacia aqui da cidade. 

 - Mas fazia outra coisa, não é? 

 Ela se perguntou o que mais Gulf lhe contara. Deus, esperava que o omega não tivesse comentado com ele sobre sua doença. Talvez fosse por isso que ele houvesse ficado. 

 - Costumava trabalhar com crianças. 

 - Professora? 

 - Terapeuta. 

 - Cabeça ou corpo? 

 - Ambos. Era especialista na reabilitação de crianças autistas. 

 - O que a levou a isso? 

 - Temos de fazer isso? 

 - Fazer o quê? 

 - Esse faz-de-conta-que-quero-saber-sobre-você. 

 Ele franziu a testa, inclinando-se para trás quando a garçonete colocou o enorme prato de nachos sobre a mesa. A mulher se inclinou sobre seu ouvido.

  - Shhh, não conte a ninguém. Roubei esses de outro pedido. Eles podem esperar e você parece muito faminto.Hal assentiu, sorriu, mas parecia desinteressado.Clary pensou que ele era cortês. Agora que estava sentado com ela na mesa, parecia não notar absolutamente qualquer outra mulher.Ele lhe ofereceu o prato. Enquanto ela negava com a cabeça, ele colocou um nacho na boca. 

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⏰ Última atualização: Sep 01 ⏰

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