Namoro por conveniência

Capítulo 07

Encolho-me entre os lençóis ao sentir o calor do braço de Sylus envolvendo meu corpo. Pisco algumas vezes e vejo seus olhos vermelhos me observando atentamente. Olho ao redor do quarto, iluminado pelos raios do sol. O dia parece perfeito para um casamento na praia, mas escondo minha cabeça debaixo dos lençóis e percebo que estou vestida com uma camisa de Sylus. Ele deve ter me vestido enquanto eu dormia.

— Bom dia, querida — ele diz, puxando o lençol.

— Bom dia, Sylus — respondo com a voz arrastada.

— Sylus? Por que não "amor"? — ele finge estar magoado.

— E desde quando você é meu namorado para eu te chamar de "amor"? — brinco, soltando um risinho despretensioso.

Sylus se inclina sobre mim, sua mão subindo pela lateral da minha cintura, me causando cócegas, enquanto distribui vários beijos pelo meu pescoço. Não consigo controlar as risadas enquanto seu toque sensibiliza todo o meu corpo.

— Desde o dia em que você me pediu em namoro — ele enfatiza, deixando claro que eu não posso fugir da responsabilidade. — Conseguiu dormir bem ou fui muito duro com você ontem? — ele mordisca minha orelha.

Sinto meu rosto ficar vermelho e dou um tapinha leve em seu ombro. Sylus não para até roubar um beijo de mim, depois se encosta nos travesseiros, e eu me sento em seu colo. Suas mãos rapidamente agarram minha cintura ao mesmo tempo que ele captura meus lábios em um beijo, mesmo eu resistindo por ainda não ter escovado os dentes.

— Você fica muito bem com essa camisa — ele me olha de cima a baixo. — Seu namorado tem bom gosto. Você deveria usá-la todas as noites, isso o deixaria muito feliz.

— Meu Deus, como você é convencido! — rio.

— Ou melhor, você poderia passar todas as noites comigo. Não haveria uma única noite em que você não dormiria bem.

Inclino meu corpo para trás, observando Sylus, que veste apenas uma cueca preta. Seria impossível dormir tranquilamente com esse homem todas as noites. Fico vermelha ao lembrar de ontem, quando ele me beijou contra a porta enquanto meu ex estava do outro lado. Espero não ter que ver Rafayel tão cedo, ele precisa entender de uma vez por todas que terminamos e que estou em outro relacionamento.

Ele acaricia minhas coxas, me puxando para voltar a beijá-lo, mas meu celular toca com o som de uma notificação. Estico a mão para pegar o celular na mesinha ao lado da cama e vejo uma mensagem de Deborah, avisando que minha mãe já está indo para a recepção para buscarmos o bolo.